Reportagem especial
Gaita de foles, caretos, mirandês e um rico património arquitetónico são algumas das características únicas e genuínas do Nordeste Transmontano que pode descobrir nesta Reportagem Especial.
Há muito que o ensino da música em Bragança deu frutos. Os mais de 50 jovens que compõem a Banda Filarmónica são o exemplo disso mesmo. Muitos deles estão a estudar fora e a banda é uma forma de os ligar à terra.
De dois em dois anos, a Banda Filarmónica de Bragança realiza um grande concerto para milhares de pessoas nas festas da cidade, para o qual convida um cantor do panorama nacional.
No Nordeste Transmontano, não há festividade que não seja acompanhada por grupos de gaiteiros. A gaita de foles está também muito associada à tradição dos caretos, em que a máscara assume o papel principal, embora cada aldeia tenha o seu modelo, mediante as matérias-primas disponíveis em cada zona.
O fabrico das máscaras surgiu com as festas dos caretos, e antigamente cada rapaz construía a sua. Isidro já construiu centenas de máscaras, e nenhuma é igual. A pintura dá-lhes vida e identidade… e assim foi desde sempre.
Transformar pedaços de madeira em máscaras é uma arte predominante no Planalto Mirandês. Cada uma pode demorar vários dias a fazer. E já que a matéria-prima é oferecida pela natureza, o valor das suas peças está no tempo que lhes dedica.
O mirandês é outra particularidade da cultura transmontana. Para não deixar morrer a segunda língua oficial do país, há mais de 30 anos que é ensinada nas escolas de Miranda do Douro. Embora seja uma disciplina de opção, cerca de 80% dos jovens e crianças, do pré-escolar ao 12º ano, estão inscritos nas aulas de Língua e Cultura Mirandesa.
O Nordeste Transmontano também é rico em património arquitetónico. A Domus Municipalis é o mais emblemático monumento nordestino, situado na velha cidadela de Bragança, junto ao castelo. É um exemplar raro, se não único, da arquitetura civil românica na Península Ibérica. Este edifício pentagonal, com a arcada em arcos perfeitos, foi construído por volta do século XIII e é muito mais do que se vê à superfície.
“Viver cultura, respirar tradição” é a Reportagem Especial para ver na íntegra.