Falar de migrações é falar da deslocação de pessoas, independentemente da extensão, da composição ou das causas — e inclui a migração de refugiados económicos, pessoas deslocadas, pessoas desenraizadas e migrantes.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o número global de migrantes internacionais atingiu um número sem precedentes, superando os 244 milhões, o que inclui tantas migrações voluntárias (de pessoas que querem migrar em busca de melhores condições de vida), como involuntárias (pessoas que são obrigadas a migrar devido a situações sociais, políticas, ambientais).
Bem administrada e organizada, a migração traz benefícios importantes aos países de origem e destino, bem como para os migrantes e suas famílias, sendo, contudo, importante o trabalho e a contribuição de muitas organizações que disponibilizam respostas sociais aos migrantes e respectivas famílias.
Em Portugal, por exemplo, um artigo do PÚBLICO dava nota de que as contribuições dos imigrantes para a Segurança Social já somaram 2198 milhões de euros, resultando num saldo positivo de 1818 milhões para a Segurança Social.
Desta forma, identificamos algumas oportunidades de voluntariado junto de instituições que trabalham na área das migrações.
UM HOM – Humanidade em movimento é uma associação sem fins lucrativos registada em Portugal. Foi criada em resposta à crescente hostilidade para com as pessoas refugiadas. A HOM confirma a necessidade de avanço para uma humanidade para além das fronteiras para apoiar as pessoas refugiadas na proteção de suas vidas em nossas comunidades.
UM Associação Guineense de Solidariedade Social tem como missão apoiar, servir e defender a comunidade imigrante, nomeadamente a de origem guineense (mas aberta a outras comunidades imigrantes que solicitam apoio, incluindo a comunidade autóctone local). Esta associação tenta encontrar respostas adequadas às necessidades transmitidas através da informação, orientação e encaminhamento dos diferentes casos, prevenção de situações de exclusão e capacitação das pessoas ou famílias dos meios e recursos que permitem construir um projeto de vida estruturado e autônomo.
UM Associação de Migrantes de Torres Vedras (AMTV) tem como objectivo melhorar o processo de integração dos migrantes e fomentar a participação cívica e cultural na sociedade portuguesa. A AMTV surge da união de migrantes de diversas nacionalidades – brasileiros, croatas, espanhóis, moldavos, portugueses, russos, ucranianos, entre outros – que se conheceram através de algumas das ações realizadas pelo Centro Local de Apoio e Integração de Migrantes (CLAIM) de Torres Vedras;
UM Associação de Apoio à Integração de Imigrantes e Refugiados trabalha para criar uma solução para famílias de refugiados e/ou migrantes que já se encontram em Portugal, encontra os programas de integração existentes, e que se referem com ajuda financeira reduzida, sem fonte de rendimento ou alojamento estável, ou que ainda se encontra em campos de refugiados ou centros de detenção, e pretendem ser reinstalados em Portugal, numa aldeia do interior do país, desenvolvendo aqui o seu programa de integração e criando um plano de vida para o seu futuro.
Para além da garantia de um alojamento este projeto visa também a formação e capacitação de todos os membros da família, e o acesso digno ao trabalho, criando condições para que estas famílias queiram ficar nos países de acolhimento por um longo prazo ou de forma permanente.
Em colaboração com a Bolsa do Voluntariado da ENTRAJUDA