Presidente russo esteve reunido com altos funcionários para estudar estratégias para combater incursão das tropas de Kiev no seu território
O presidente russo Vladimir Putin acusou esta quinta-feira a Ucrânia de tentar atingir a central nuclear de Kursk durante um ataque noturno e disse que Moscovo tinha informado o organismo de vigilância da segurança nuclear das Nações Unidas sobre a situação.
O anúncio surgiu enquanto o presidente russo se encontrava reunido com altos funcionários para discutir a situação nas regiões que fazem fronteira com a Ucrânia, depois de as tropas ucranianas terem lançado uma incursão em Kursk no princípio de agosto.
“Reuni-vos para discutir a situação que se está a desenvolver neste momento nas regiões fronteiriças da Rússia”, disse Putin na abertura da reunião, citado pela Reuters. O vice-primeiro-ministro Denis Manturov disse que a Rússia estava a avaliar os danos causados à agricultura e à indústria nas regiões fronteiriças. Manturov disse ainda que pelo menos 115 mil pessoas tiveram de ser retiradas das regiões fronteiriças “perigosas”.
Putin, que não forneceu mais pormenores sobre o incidente de risco nuclear, tão pouco apresentou provas documentais para apoiar a sua afirmação.
Não houve também comentários imediatos da Ucrânia, protagonista de uma entrada-relâmpago em Kursk, a maior incursão na Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial.
Alexei Smirnov, governador interino da região de Kursk, disse a Putin na mesma reunião que a situação na central nuclear de Kursk era estável.
As autoridades russas na região de Kursk começaram igualmente a instalar abrigos feitos de betão para ajudar a proteger os civis durante a incursão ucraniana. Segundo o governador Alexei Smirnov, os funcionários municipais de Kursk estavam a instalar os abrigos em locais com muita gente, incluindo em 60 estações de autocarros.