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Pedro Nuno Santos acusa o Governo de “não ter feito nada para impedir a greve”, e só “após oito mortes [na sequência dos atrasos na linha 112] é que sentiu a necessidade de intervir”. O secretário-geral do Partido Socialista fala aos jornalistas na sede nacional do partido, no Largo do Rato, em Lisboa. Acompanhe aqui em direto.
Pedro Nuno Santos disse, nesta sexta-feira, que o Governo tinha de procurar serviços mínimos e que “nada fez para impedir a greve, nem para minorar” os seus impactos.
“Este problema não é só da ministra, é do Governo todo e, em particular, do primeiro-ministro”, criticou.
“O Governo tem falhado em servir a população”
“O Governo tem falhado naquilo que é mais essencial, que é na competência com que serve a população”, apontou o secretário-geral do Partido Socialista, falando em “negligência” por parte do Governo.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM, anunciou, nesta sexta-feira, a entidade.
As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar têm levantado forte polémica e já terão levado à morte de pelo menos seis pessoas.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram no dia 30 de outubro uma greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais. A paralisação foi suspensa na quinta-feira, após o sindicato ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.Pelo menos seis pessoas terão morrido na última semana em consequência dos atrasos no atendimento na linha 112, tendo o INEM já confirmado o impacto da greve.
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