O secretário-geral socialista encontra-se com os representantes das forças de segurança, depois de ter visitado bairros afetados pela onde de violência que se seguiu à morte de Odair Moniz, baleado por um polícia.
O líder do Partido Socialista chamou os sindicatos da polícia ao Largo do Rato para discutir os tumultos na Grande Lisboa. As reuniões acontecem depois de Pedro Nuno Santos ter visitado os bairros afetados e insistido que o Governo já os devia ter visitado,não podendo esconder-se atrás do Presidente da República.
Pedro Nuno Santos quis ir aos bairros e criticar Luís Montenegro por não o fazer – e, em Oeiras, até encontrou um aliado no autarca, Isaltino Morais, que não deixou de acompanhá-lo e falar no exemplo de um bairro de Caxias, onde crianças e jovens convivem no espaço da esquadra da polícia.
Juntar a polícia e as comunidades, depois dos distúrbios, com um discurso cauteloso sobre as responsabilidades, para que não haja leituras simplistas. Foio que o líder do PS quis colocar na agenda pública esta semana.
Depois de o Presidente da República ter ido aos bairros, sem o publicitar previamente, a TSF noticiou que a ausência do Governo nessa visita foi combinada com o próprio Executivo.
“O Governo não se pode esconder atrás de um Presidente da República”, declarou Pedro Nuno Santos.
A ausência do Governo, nem o Chefe de Estado, na nota que difundiu, nem o próprio Executivo, explicaram.
“Eu comuniquei [ao Governo] que ia”, admitiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que admite que o Executivo não possa “ir aos bairros sem levar alguma ideia para falar”.
Depois da presença nas ruas, o PS chamou os sindicatos das polícias para reuniões na sede do partido. A primeira aconteceu esta terça-feira.
“A polícia também serve para tentar evitar que o estado de paz se perca ou se deteriore. E isso aconteceu”, defendeu, em declarações aos jornalistas à margem do encontro, o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia, Bruno Pereira.
Já o líder socialista só deverá pronunciar-se sobre aquilo que ouviu por parte dos polícias após o próximo encontro, que está agendado para esta quarta-feira.