Em comunicado, o IPMA refere que o último mês só foi superado por outubro de 2023 e que registou uma temperatura média global de 15,25 °C (graus Celsius), o que representa 0,80 °C acima do valor médio de 1991-2020.
Os dados também indicam que Outubro teria sido cerca de 1,65°C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900.
Este, nota o IPMA, é o 15.º mês num período de 16 meses em que a temperatura média global do ar à superfície ultrapassa os 1,5°C.
Em 2015, em Paris, praticamente todos os países do mundo assinaram um acordo (Acordo de Paris) no qual se comprometeram a tomar medidas para garantir que o aumento da temperatura não ultrapassasse os 02°C em relação aos tempos pré-industriais, e preferencialmente que este aumento, causado pelos gases com efeito de estufa, não atingiria 1,5°C.
Em relação à Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi de 10,83 °C, o que segundo o IPMA está +1,23 °C acima do valor médio 1991-2020. Foi o 5º outubro mais quente (o mais quente de 2021).
As temperaturas do ar na Europa estiveram acima da média (1991-2020) na maior parte da Europa. Outubro foi muito mais quente do que a média no sector europeu do alto Árctico e também no Árctico canadiano, onde foi reportada uma anomalia recorde de 9,5°C para Outubro.
No mês passado registaram-se também precipitações acima da média na Península Ibérica, França, norte de Itália, Noruega, norte da Suécia e leste do Mar Negro. O IPMA recorda as fortes chuvas que provocaram graves inundações repentinas na região de Valência, em Espanha, com mais de 200 vítimas mortais.
Em Portugal continental, o último mês foi classificado como quente em relação à temperatura do ar e chuvoso em relação à precipitação.
Ainda segundo o IPMA, o valor médio da temperatura média do ar foi de 17,52°C, apresentando uma anomalia de +0,98°C acima do valor normal 1981-2010.
Durante o mês, os valores da temperatura do ar estiveram geralmente acima do valor médio mensal. Os valores de precipitação também foram superiores ao valor médio.