A missão do CEO da Galp, Filipe Silva, devido ao relacionamento amoroso (e secreto) com uma diretora da companhia, levanta uma questão interessante: até que ponto uma empresa pode se imiscuir na vida privada de seus trabalhadores e que direito lhe assiste para impedir que duas pessoas se relacionem entre si. Os defensores assolados da reserva da vida privada entendem que a empresa nada tem que ver com o assunto. Eu defendo que tem e que não se pode exigir sol na eira e chuva no nabal: se queremos empresas sérias e eticamente comprometidas, que combatam com eficácia o favorecimento, a discriminação e o assédio, então o relacionamento amoroso entre trabalhadores que se encontram em posições hierárquicas diferenciadas são um tema relevante para o empregador.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas [email protected].