São já dez as mortes que podem estar associadas a atrasos no atendimento de emergência.
Morreu mais uma pessoa cujo socorro sofreu atrasos. Esta será a décima morte que pode estar associadas a uma resposta tardia ou ausência de resposta no atendimento na linha 112.
A SIC confirmou a notícia avançada pelo jornal Mensageiro de Bragança que deu conta da morte, esta sexta-feira, de um homem de 84 anos que estava em coma desde o passado sábado, na sequência de um engasgamento.
Fonte hospitalar confirmou ao jornal local que o óbito foi confirmado pelas 22 horas desta sexta-feira, depois de a vítima ter passado uma semana nos cuidados intensivos do hospital de Bragança.
O homem terá sofrido um engasgamento durante o almoço e família passou cerca de 15 minutos a tentar ligar para o 112 mas a chamada nunca foi atendida.
Terá sido um familiar a levar o idoso no próprio carro à Urgência Básica do Centro de Saúde de Mogadouro e ao cruzar-se com bombeiros no caminho, conseguiu transferir o idoso para uma ambulância.
O homem chegou à urgência em paragem cardiorrespiratória e foi reanimada, mas acabou por ficar em coma. Foi entretanto transportado ao hospital de Bragança, onde acabou por morrer esta sexta-feira.
As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do INEM, devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) têm levantado polémica, tendo o INEM já confirmado o impacto da greve.
Os TEPH iniciaram no dia 30 de outubro uma greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, paralisação que suspenderam na quinta-feira, após o sindicato ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
Na segunda-feira, a greve obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.