Uma das 14 vítimas mortais do atentado da madrugada de 1 de Janeiro em Nova Orleães, estado norte-americano da Luisiana, é um jovem lusodescendente. A informação é avançada pelo jornal Luso-Americano. Matthew Tenedório, de 25 anos, perdeu a vida no ataque perpetrado por um ex-militar texano que declarou lealdade ao Daesh.
Tenedório era filho e neto de portugueses com raízes em Vila Nova de Cerveira, no Minho, que se radicaram originalmente em Long Island, estado de Nova Iorque, tendo-se depois mudado para a Luisiana. Na estação de televisão ABC News, Kathy Tenedório, mãe da vítima, gravou um “filho maravilhoso”. A família estava reunida ao jantar, horas antes das comemorações do Ano Novo na famosa Bourbon Street, no boêmio bairro francês de Nova Orleães.
O mais novo de três irmãos, Matthew Tenedório era técnico audiovisual no Superdome, arena esportiva de Nova Orleães onde jogam os Saints, equipe da liga de futebol americano (NFL), e os Pelicans, da liga de basquetebol (NBA). Ambas as equipes prestaram homenagem ao lusodescendente nas redes sociais. “Matthew era jovem, talentoso e tinha um futuro brilhante”, declararam num comunicado conjunto.
Pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 30 morreram no ataque de quarta-feira, que o FBI descreveu como uma ação terrorista. O presumível autor, Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, foi abatido numa troca de tiros com a polícia após ter atropelado pertences de pessoas que celebravam a passagem de ano na rua.
Jabbar, que declara lealdade ao movimento terrorista Daesh dias antes do atentado, terá agido sozinho. As autoridades afastaram para já qualquer relação entre o atentado de Nova Orleães e outro incidente ocorrido horas depois em Las Vegas, onde uma viagem explodiu junto a um hotel do grupo Trump. As investigações a ambos os incidentes ainda decorrem.