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Israel diz que matou Yahya Sinwar, que era considerado o líder mais radical do Hamas e estava no topo da lista dos alvos a abater, por ser um dos arquitetos dos massacres de 7 de outubro.
“Yahya Sinwar foi eliminado”, anunciou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, horas depois de um comunicado do exército de Israel dar conta das dificuldades na verificação dos restos mortais de três militantes islâmicos.
As forças de Defesa israelitas avançaram que Yahya Sinwar poderia estar entre as dezenas de mortos do bombardeamento, depois da polícia ter visto imagens da dentição do dirigente palestiniano.
O ministro israelita da Defesa publicou nas redes sociais duas fotografias de líderes do Hamas e do Hezbollah já eliminados e um terceiro espaço a negro.
Telavive justificou o alvo do ataque aéreo – uma escola no campo de refugiados de Jabalia – como sendo um centro de comando e controlo da Jihad Islâmica e do Hamas, onde combatentes teriam sido vistos a entrar.
O Hamas não confirma, nem desmente, a morte de Yahya Sinwar, mas alerta para a circulação de notícias falsas. O Governo israelita afirma ter eliminado o atual líder máximo do Hamas.
Tinha sido arquiteto do 7 de outubro
Yahya Sinwar, que assumiu a liderança após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão, esteve detido em Israel, numa altura em que lhe foram retiradas amostras do ADN e dados biométricos que confirmaram a identificação.
Era considerado o líder mais radical do Hamas e estava no topo da lista dos alvos a abater, por ser um dos arquitetos dos massacres de 7 de outubro.
Fome impera em Gaza
A operação acontece numa altura em que se multiplicam os alertas de catástrofe humana, pela política de fome imposta por Israel a Gaza. O norte do território estava praticamente sitiado, a entrada de ajuda humanitária bloqueada.
Um aviso de Washington a Telavive, a respeito da entrega de armas que seria interrompida, desencadeou um desbloqueio parcial. 50 camiões com ajuda da Jordânia foram autorizados a entrar no norte da Faixa de Gaza. A ajuda também chegou do ar à região de Khan Younis.
Ordem de retirada no Líbano
No Líbano, o exército ordenou a evacuação num raio de pelo menos 500 metros de edifícios no leste do Vale do Bekaa e mais a sul em Tiro, a quarta maior cidade libanesa.
A ordem de retirada foi dada pouco antes do ataque massivo que reduziu a escombros vários edifícios em Baalbek.