As autoridades da Coreia do Sul preparam-se para deter a todo o momento o Presidente Yoon Suk-yeol, suspenso de funções desde 14 de Dezembro, depois de uma tentativa de imposição da lei marcial no país, noticiou a imprensa sul-coreana.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap avançou nesta quinta-feira, 2 de Janeiro, que uma equipa do Gabinete de Investigação da Corrupção para Altos Funcionários deixou a sua sede para cumprir um mandato de detenção de Yoon Suk-yeol. Também foram mobilizados milhares de agentes das forças de segurança para preparar a execução do mandato.
Yoon é investigado pela Agência Policial Nacional por “traição”, na forma de um crime de “insurreição” e abuso de poder, por, no início do mês de Dezembro, ter anunciado a suspensão da governança civil e a sua entrega temporária às Forças Armadas.
Contudo, e mesmo com a Assembleia cercada por militares, os deputados sul-coreanos aprovaram uma moção para “invalidar” a declaração da lei marcial. Bastaram algumas horas para Yoon Suk-yeol ceder e recuar na decisão, mas já era tarde para evitar as consequências da mesma.
O Presidente acabou por ser suspenso do cargo a 14 de Dezembro, na sequência da abertura de um processo de destituição aprovado pela maioria dos deputados.
Caso o mandato de detenção seja cumprido, será a primeira detenção de um chefe de Estado em funções na história da Coreia do Sul.
Nas últimas horas, bolsas de apoiantes reuniram-se junto da residência de Yoon para tentar travar a sua eventual detenção. “Temos de os impedir com as nossas vidas”, insta um dos manifestantes, citado pela agência Reuters.