O líder do executivo da Madeira precisa do apoio de outros partidos para ver aprovado o programa de Governo regional. Miguel Albuquerque está, contudo, envolvido num caso judicial por suspeitas de corrupção.
O Chega só vai exigir a saída de Miguel Albuquerque do Governo da Madeira se este for alvo de uma acusação definitiva por parte do Ministério Público. A revelação foi feita, esta quarta-feira, pelo partido, que apontou as condições necessárias para viabilizar o programa de Governo do executivo regional do PSD.
Apesar de sublinhar que “não pode aprovar um programa de um governo que coloca a sobrevivência política de Miguel Albuquerque acima dos interesses da Madeira”, o partido admite deixar o documento passar “por via da abstenção”.
Em comunicado, o Chega adianta que apresentou quatro exigências ao PSD Madeira para a aprovação do programa apresentado pelo executivo de Miguel Albuquerque.
As condições em causa são: a “criação de um Gabinete autónomo de prevenção e combate à corrupção”, a realização de uma “auditoria externa das contas regionais nos últimos cinco anos”, uma “comissão parlamentar de inquérito regional, sob a coordenação do CHEGA-Madeira, aos apoios concedidos, nos últimos anos, pelo Governo Regional, a empresas e grupos empresariais da região” e, finalmente, “em caso de acusação definitiva pelo Ministério Público”, a “renúncia imediata de Miguel Albuquerque a todos os cargos executivos”.
“As quatro condições que apresentámos são fundamentais”, diz Miguel Castro, do Chega Madeira. “Não abdicamos delas.”
O partido garante que tem feito “todos os esforços” para que haja condições de governabilidade na Madeira, mas que quer assegurar um “clima de transparência política”.