As comemorações do 25 de Novembro de 1975
A comemoração do 49.º aniversário do 25 de Novembro na AR não será mais do que um último esforço para que a direita portuguesa grite igualmente vitória. Lembro que ela perdeu no dia 25/4/1974, depois, com os fiascos do general Spínola do 28/9/1974 e do 11/3/1975 perdeu mais uma vez, sendo completamente derrotada quando o general Kaúlza de Arriaga e o major Jaime Neves viram, a 25/11/1975, recusados os bombardeamentos aos quartéis dos revoltosos Ralis e RPM, que provocavam o caos no país e aconteceram o aparecimento de um “general a cavalo” para medir tudo em ordem, “endireitando” o país.
Ricardo Charters-d’Azevedo, São Pedro do Estoril
Parlamento e 25 de Novembro
Haver ou não comemorações, o importante é termos Liberdade. E temos Liberdade. Nem o 25 de Abril, nem o 25 de Novembro nem a Liberdade têm dono. Alguns entendem que são donos e proprietários dela, que só o que dizem e fazem está certo. O que os outros dizem, pensam ou fazem errado. Não é. A Liberdade também é entender isso. A sessão solene, quer as pessoas gostem ou não, foi aprovada em liberdade. As pessoas devem aceitar as decisões livres e democraticamente tomadas, mesmo que não gostem – é isso a Liberdade. Os deputados ainda têm mais obrigações – estão no Parlamento e são pagos por nós, mas também têm liberdade de não participar. Viva a Liberdade.
<_o3a_p> Porfírio Gomes Cardoso, Lagos
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Os mil dias de uma guerra sem fim
Os mil dias de uma guerra, sem fim, entre a Ucrânia e a Rússia, certamente não terão um final a curto prazo. As milhares de vidas que foram ceifadas, e as cidades e vilas devastadas e destruídas, que têm vitimado um povo inocente, em prol e pelos ideais de um tresloucado e doentio homem forte do regime russo. Será que não há neste globo terrestre uma força superior que acabe com esta guerra? Por quanto tempo nossos ouvidos e olhos vão suportar essa ferida profunda em nossos corações?. Por quanto tempo mais vamos suportar esta carnificina? A grande indústria dos fabricantes de material bélico continua a sustentar esta e outras guerras. Pare por favor. O mundo precisa de paz.
Mário da Silva Jesus, Codivel
Mil dias malditos
Mil dias de malvadez putiniana já foram cumpridos, através do eufemismo “operação militar especial”, em que a destruição, as deportações e mortes aos milhares foram perpetradas para a anexação de uma nação independente – a Ucrânia –que se quer livrar de todo o custo das garras do invasor. No entanto, o mundo dito ocidental, com os EUA incluídos, a ONU e a NATO dissuasora, “tudo tem feito” para que sejam repostas as fronteiras que o usurpador tem vindo a tomar.
O ensandecido morador do Kremlin vale-se do estatuto de ditador e de alguma fragilidade consensual do mundo democrático para se importar pela força, chegando à loucura de ameaçar com o uso de armas nucleares quem se opõe aos seus diabólicos desígnios, contando ainda com o auxílio criminoso dos loucos da Coreia do Norte e do Irão.
José Amaral, Vila Nova de Gaia
Escalada perigosa
O mundo que habitamos, este planeta onde a vida se desenvolveu de forma prodigiosa em uns bilhões de anos, gerando uma espécie muito especial que é o Homo sapiensainda está longe de ser o Paraíso na Terra. Habitamos um planeta onde a espécie da natureza gerou uma vida numa escala prodigiosa, uma biosfera pujante, no mar, na terra e no ar. E o decifrador das leis da natureza, o construtor de civilizações, Nós, pronome pessoal coletivo, de todos os seres humanos do planeta, de ontem e de hoje. Do caos nasce o cosmos, nas mitologias, a neguentropia gera ordens complexas e evolutivas, na natureza física, química, biológica, psicológica, social e espiritual, e em que a História das sociedades pode atingir os píncaros da perfeição, como microcosmo reflexivo do macrocosmo . Quando a inteligência humana descobre o real em profundidade, falta-lhe o “Conhece-te a ti mesmo” ainda, não no plano do ego, mas no todo de uma noosfera social racional e universal.
Perigo perigosíssimo, a escalada da guerra geral, da humanidade bipartida, entre leste e oeste, supertecnológica, mas acéfala. E uma inteligência artificial para que sirva?
José Manuel Jara, Lisboa