Carrie Underwood será uma cantora convidada para a tomada de posse de Donald Trump na próxima segunda-feira, 20 de janeiro. A estrela do país vai cantar América, a Bela durante uma cerimónia de juramento. A decisão surpreendeu alguns fãs, já que Underwood sempre foi reservado quanto às suas posições políticas.
“Adoro o nosso país e sinto-me honrado por mim terem pedido para cantar na tomada de posse e por ser uma pequena parte deste acontecimento histórico. Sinto humildade em responder à chamada numa altura em que todos devemos unir-nos num espírito de unidade e olhar para o futuro”, reagiu a cantora em comunicado relatado pela revista Pessoas.
No passado, numa entrevista de 2019 ao O Guardiãoum artista confessou que sempre sentiu pressão para assumir uma posição política, apesar de não querer fazer. “Tento manter-me afastado da política, se possível, pelo menos em público, porque ninguém ganha. É uma loucura. Toda a gente tenta retomar tudo e pôr-lhe uma etiqueta em cima, como se fosse preto e branco. E não é assim”, declarava.
No entanto, graças a algumas canções de Underwood, os fãs acreditaram que o artista não era pró-Trump, até porque ao longo da campanha nunca o apoiou publicamente. Em 2018, sem sucesso A bala, deixa implícita uma crítica ao uso de armas. “Podem culpar o ódio ou as armas / Mas não é suposto que as mães enterrarem os seus filhos”, lamentou. Na mesma entrevista ao jornal britânico, esclarecia o tema: “Incomoda-me um pouco quando as pessoas pegam numa canção, ou pegam em algo que eu disse, e tenta pôr-me de lado ou a forçar-me a escolher um lado ou algo do género.”
Em 2017, na primeira tomada de posse de Donald Trump, as performances ficaram a cargo da companhia de dança Rockettes, do coro mórmon Tabernacle e da cantora lírica Jackie Evancho. Já em 2021, Joe Biden contou com Jennifer Lopez, Lady Gaga e a jovem poetisa Amanda Gorman, que leu o poema A colina que escalamos (A colina que subimosem tradução livre), entre outros artistas.
Além da tomada de posse solene, há outros eventos organizados em torno do regresso de Donald Trump à Casa Branca, incluindo um concerto da banda Village People. “Sabemos que isto não vai agradar a alguns de vós, mas acreditamos que a música deve ser tocada sem ter em conta a política”, publicou a banda em sua página do Facebook.
Uma canção ACM da banda, conhecido por ser um hino da comunidade homossexualfoi banda sonora da campanha de Donald Trump à Presidência. “A nossa canção ACM é um hino global que, esperamos, ajude a unir o país depois de uma campanha tumultuosa e dividida em que o nosso candidato preferido perdeu. Por isso, pensamos que agora é a altura de unir o país com a música”, declaram ainda.
Esperam-se, ainda, performances do cantor country Lee Greenwood e do cantor de ópera Christopher Macchio, avançando a NBC.