Carlos Tavares, presidente executivo do grupo Stellantis apresentou, e viu já aceito, o seu pedido de demissão das funções que exercem até agora à frente da construtora automóvel dona das marcas Peugeot, Fiat e Opel, entre outras.
No comunicado emitido este domingo, a companhia que detém uma unidade industrial em Mangualde diz que “o conselho de administração da empresa, presidido por John Elkann, hoje aceito [este domingo] a demissão de Carlos Tavares do seu cargo de presidente executivo com efeitos imediatos”.
A saída de Carlos Tavares (66 anos) já tinha sido anunciada, mas a sua reforma estava agendada apenas para 2026, conforme anunciado o grupo há menos de dois meses. Mas desde aí, algo mudou.
“O sucesso da Stellantis desde a sua criação assenta num alinhamento perfeito entre os accionistas de referência, o conselho de administração e o presidente executivo [Carlos Tavares]. No entanto, nas últimas semanas surgiram pontos de vista diferentes que levaram o conselho de administração e o presidente executivo a tomar a decisão de hoje”, afirma o diretor independente do grupo Henri de Castries, citado no comunicado emitido esta noite pela Stellantis.
Na mesma comunicação, Elkann agradece a Carlos Tavares, “pelos seus anos de serviço dedicado e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, para além das anteriores reestruturações da PSA e da Opel”, esforço que colocou o grupo, acrescenta, “no caminho para nos tornarmos um líder global no nosso setor”. Carlos Tavares era CEO da Stellantis desde 2014.
Para já, será criado um comité executivo interino, presidido por John Elkann, aguardando o conselho de administração que até ao final do primeiro semestre de 2025 o presidente executivo que sucederá a Carlos Tavares ser nomeado.
A nota da Stellantis ao mercado confirma ainda “as orientações que apresentaram à comunidade financeira em 31 de outubro de 2024, relativamente aos seus resultados para o ano completo de 2024”.