As declarações desta sexta-feira surgem no mesmo dia em que a ABC News vai transmitir uma entrevista com Joe Biden, que foi gravada de manhã
Numa altura em que os democratas andam à procura de um sucessor para Joe Biden, o presidente norte-americano acaba de anunciar que vai continuar na corrida à Casa Branca e que vai derrotar Trump.
“Não vou deixar que um debate de 90 minutos destrua três anos e meio de trabalho”, disse o candidato democrata num discurso de campanha em Wisconsin, referindo-se ao mau desempenho no debate televisivo contra o rival republicano, que acusou de mentiroso e de uma ameaça à democracia.
“Vou manter-me na corrida”, prometeu Biden à multidão, debaixo de aplausos.
As declarações desta sexta-feira surgem no mesmo dia em que a ABC News vai transmitir uma entrevista com Joe Biden, que foi gravada de manhã.
Surgem também no dia em que a equipa de campanha de Biden anunciou o lançamento de uma campanha “agressiva e direcionada” para chegar aos eleitores em “Estados disputados que decidirão esta eleição”.
Neste fim de semana, Biden vai estar no Wisconsin e na Pensilvânia – Estados que fazem parte da chamada ‘parede azul’ (a cor dos democratas) dos Estados Unidos, e que inclui ainda o Michigan – para tentar recuperar terreno, numa altura em que as sondagens indicam que está em queda de popularidade.
Apesar destas indicações negativas, o Partido Democrata anunciou que bateu um recorde de arrecadação de fundos de 127 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) em junho, vantagem que aproveitará para “novos esforços no campo da organização e mobilização”.
Já na quinta-feira, durante as celebrações do Dia da Independência, 4 de julho, Biden respondeu àqueles que lhe pediam para permanecer na corrida com um retumbante “não vou a lugar nenhum”.
Há vários dias que o presidente tem vindo a responder, de forma privada e pública, a perguntas sobre se conseguirá enfrentar um segundo mandato aos 81 anos e se está em condições de derrotar Trump.
O seu fraco desempenho no debate da semana passada na CNN contra Trump gerou especulações sobre se deveria ser substituído antes da convenção democrata, em agosto.
Biden confessou numa reunião, esta quarta-feira, com governadores democratas na Casa Branca, que tem de dormir mais e que evitará organizar eventos depois das 20:00 (o debate contra Trump iniciou-se às 21:00).