Como será que acordou a França depois da reviravolta, deste domingo, nos resultados da segunda volta das eleições legislativas? Os franceses que não queriam a vitória da extrema-direita dizem-se “aliviados” com os resultados das eleições. Mas o alívio de uns não é a alegria de todos.
A segunda volta das eleições legislativas em França ficou marcada por uma reviravolta inesperada nos resultados. Se tudo apontava para uma vitória da União Nacional e da extrema-direita, os franceses fizeram questão de quebrar essa previsão. Este domingo os eleitores deram a volta aos resultados e chutaram para a terceira posição o partido que queria Jordan Bardella como primeiro-ministro de França.
O candidato da União Nacional admitiu que errou e assumiu a sua ‘quota-parte de responsabilidade’ pelos resultados que o seu partido obteve.
Pode até ter perdido o lugar na cabeça do Governo francês, mas horas depois ganhou a presidência do novo grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu – Jordan Bardella é agora presidente do ‘Patriotas pela Europa’.
Em França, a nova Frente Popular, que junta socialistas, comunistas e ecologistas, acerta planos de ação e pede a Emmanuel Macron que admita a derrota e aceite o candidato que será proposto pela estrutura política vencedora.
O ainda primeiro-ministro, Gabriel Attal, apresentou esta segunda-feira a sua demissão. O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu-lhe que, por agora, ficasse no cargo para “assegurar a estabilidade do país”. Na terça-feira, Macron irá viajar até Washington onde vai participar na cimeira da NATO.
O Palácio do Eliseu já disse que Macron vai tomar as “decisões necessárias” quando a nova Assembleia Nacional estiver estruturada. O resultado das eleições em França já foram alvo de algumas reações internacionais desde o chanceler alemão, Olaf Scholz, até ao Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia.
Dos Estados Unidos chegou, por agora, um comentário breve por parte de Joe Biden onde diz que “França rejeitou o extremismo” e que os americanos farão o mesmo em novembro, data prevista para as eleições presidenciais nos Estados Unidos.