“Assim que nos apercebemos das condições que tínhamos fechámos os nós das principais vias, criámos uma bolsa de segurança em redor, sobretudo, no incêndio na região de Aveiro”, explicou Mafalda Almeida, porta-voz da GNR.
A GNR afasta responsabilidades pelos 50 minutos que passaram entre o primeiro alerta de fogo nas bermas da autoestrada 25 e o momento em que foram cortados os acessos.
Explica que “tratando-se de uma autoestrada há necessidade de cortar vários troços num percurso longo e ainda esvaziá-la dos carros [que já estavam] no interior. Uma “manobra [que] leva tempo e necessita da articulação e coordenação das várias entidades envolvidas”.
“Assim que nos apercebemos das condições que tínhamos fechámos os nós das principais vias, criámos uma bolsa de segurança em redor, sobretudo, no incêndio na região de Aveiro”, explicou na segunda-feira Mafalda Almeida, porta-voz da GNR.
A fita do tempo
A Ascendi, concessionária da A 25 respondeu à SIC com a fita do tempo registada na Central de Controlo de Tráfego que permite perceber a demora dos procedimentos.
Às 7:05, ainda de noite, foi detetado fumo “em câmaras visionadas na central de controlo de tráfego”. Foi de imediato “enviado um meio para a zona para avaliar a situação”, mas não há referências a qualquer alerta à Brigada de Trânsito da GNR que terá descoberto
a situação por conta própria apenas um quarto de hora depois, enquanto aumentava o número de veículos a entrarem para a zona de fogo.
Às 7:21, 16 minutos depois,terá sido a própria Brigada de Trânsito a informar o que a Central de Controlo de Tráfego já tinha nas câmaras: um foco de incêndio na berma da autoestrada.
Nada aconteceu durante mais um quarto de hora e só às 7.35 e 7:45 houve dois novos contactos com as autoridades “em que foram definidos os cortes de via”, efetuados apenas às 7:54. 50 minutos depois do primeiro alerta na central de comando da auto-estrada e 33 minutos depois da Brigada de Trânsito ter comunicado a situação.
A GNR justifica ainda que “do visionamento de fumo até aos focos de incêndio foi uma situação muito rápida“. A concessionária acrescenta que os cortes pararam o trânsito e levaram a “iniciativas de inversão de marcha para saída no nó do Estádio que só posteriormente foi cortado”. O primeiro-ministro que esteve no local faz de conta que tudo correu bem.
“Eu creio que não vale a pena estarmos a arranjar polémicas onde elas não existem. Quando há fogos e quando há avanços repentinos, como há pouco o Sr. Presidente da República referiria, dessas ocorrências, há sempre situações limite e de dificuldade”, disse Luís Montenegro.
A linha dos limites não caiu por muito pouco. Até agora ainda ninguém falou do que fazer para agilizar procedimentos no futuro.