Aos 33 anos, Ania decidiu trocar o conforto da casa na Bélgica pela frente da guerra em Donetsk. Diz que é a pessoa mais feliz do mundo ao defender os ucranianos.
Ania nasceu na Polónia, poucos dias depois amputaram-lhe a perna direita e a família abandonou-a no hospital. Foi adotada por uma família de Liège e sempre sonhou ser soldado.
Já adulta, aos 26 anos, soube que o avô era de Zaporijia, no leste da Ucrânia, e quando a guerra começou não quis ficar de fora.
“Quando cheguei à Ucrânia, tive vontade de beijar o chão… chorava sempre que atravessava a fronteira. Agora, só de saber que sou obrigada a ficar aqui, sou a pessoa mais feliz do mundo. É a minha casa. Sinto-me em casa. Sei que devo estar aqui”.
Vive há um ano a poucos quilómetros da linha da frente e trabalha ao lado de soldados ucranianos.
Desde o início da guerra que Ania fazia parte dos comboios de ajuda humanitária entre a Bélgica e a Ucrânia, mas o espírito combativo levou-a a uma brigada onde treinou para se tornar piloto de drones.