O Opart abriu este sábado um concurso internacional para nova direção artística do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, cujas funções são atualmente assumidas por uma comissão composta pelos maestros titulares e pelo diretor de Estudos Musicais.
Num comunicado divulgado este sábado, o Organismo de Produção Artística (Opart), refere que o prazo de submissão de candidaturas “inicia-se hoje, 21 de Dezembro, e termina em 10 de Março de 2025”.
“O mandato da nova Direcção Artística terá a duração de quatro anos (2025-2029), podendo ser renovado duas vezes por períodos iguais”, refere aquela entidade.
O júri do concurso é presidido pela presidente do Conselho de Administração do Opart, Conceição Amaral, e inclui ainda o vogal do Conselho de Administração do Opart Rui Morais, presidente da Ópera XXI – Associação de Teatros e Temporadas Líricas de Espanha e diretora-geral e artísticos do Teatro de la Zarzuela, em Madrid, Isamay Benavente, o diretor artístico do Festival Internacional de Música de Granada, Paolo Pinamonti, e o cantor lírico Jorge Vaz de Carvalho.
As funções de direção artística do TNSC estão atualmente garantidas por uma comissão composta pelos maestros titulares e pelo diretor de Estudos Musicais.
Esta comissão, coordenada pelo maestro e pianista João Paulo Santos, diretor de Estudos Musicais do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, compreende ainda os maestros da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Antonio Pirolli, e do Coro do São Carlos, Giampaolo Vessella , e estarão em funções até à conclusão do concurso internacional.
A decisão do Opart — organismo que gere o TNSC, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Companhia Nacional de Bailado e os Estúdios Vítor Cordon – surgiu na sequência da saída do realizador artístico Ivan van Kalmthout, que cessou funções no dia 4 de Julho, “por acordo” com a administração, um ano depois de ter reforçado a carga.
O neerlandês Ivan van Kalmthout, que assumiu funções em 1 de julho do ano passado, foi o primeiro escolhido por concurso público internacional para a carga.
A programação do TNSC é cumprida em digressão pelo país, de forma progressiva com parceiros locais, e com outros palcos de Lisboa, como o Teatro Camões, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Tivoli, enquanto decorrem as obras no edifício do TNSC, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciado em Fevereiro passado, aquando da apresentação do projecto de obras.
O teatro encerrou no final de Julho, estando a reabertura agendada para 2026.
Até esta data, uma equipa de São Carlos, num total de 250 pessoas, está instalada no edifício do Tribunal da Boa-Hora, com acervos temporariamente depositados, conforme a sua natureza, nas instalações da Academia das Ciências de Lisboa, do Museu Nacional da Música e do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
O projecto de conservação, restauro, reabilitação e modernização do TNSC conta com um orçamento global de 27.927 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).