Tendo em conta que o chamado “teste do pezinho” abrange 99,5% dos bebés nascidos em Portugal, os números agora divulgados revelam que em 2024 nasceram cerca de menos 1.100 crianças do que em 2023.
Dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNRN) indicam que foram estudados 84.631 recém-nascidos em 2024, quando no ano anterior haviam sido triados 85.764.
No âmbito destes rastreios, foram identificados, em 2024, 45 casos de doenças metabólicas hereditárias, 40 de hipotiroidismo congénito, seis de fibrose quística, quatro de atrofia muscular espinhal e 43 de doença falciforme, num total de 138 diagnósticos, mais dois do que no ano anterior, disse o INSA à agência Lusa.
A maioria dos 84.631 nascimentos no ano passado ocorreu em Lisboa (25.865), Porto (14.923) e Setúbal (6.903), enquanto Bragança (494), Portalegre (547) e Guarda (666) registaram o menor número de recém-nascidos no ano passado.
O número de testes realizados em 2024 é o terceiro mais baixo dos últimos dez anos, apenas acima de 2021, quando o “teste do pezinho” abrangeu um total de 79.217 crianças, e de 2022, ano com 83.436 testes.
Segundo dados do Insa, o ano da última década com mais exames realizados foi 2016, com um total de 87.577.
Desde 1979, o PNRN realiza testes em recém-nascidos para despiste de quase 30 doenças raras, a maioria das quais genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, permitindo aos bebés beneficiar de tratamentos precoces.