O secretário-geral do PS defendeu, esta sexta-feira, que este ainda não é o tempo de o partido tomar uma decisão sobre que candidato deve apoiar nas eleições presidenciais de 2026. “Este é o momento em que os diferentes candidatos manifestam a sua vontade” , sublinhou.
Pedro Nuno Santos conversou com jornalistas na Assembleia da República, depois de Eduardo Ferro Rodrigues, antigo presidente da Assembleia da República, ter sugerido, em declarações ao Expressoque o PS realiza eleições primárias abertas, para escolher quais das candidaturas devem ser atualizadas pelos socialistas. Ao mesmo tempo, Daniel Adrião, que representa uma facção minoritária dentro do partido está a dinamizar um “Manifesto em Defesa de Um Referendo para a Decisão do Apoio do PS a Um Candidato Presidencial”.
“O PS acompanha com muito interesse este processo inicial das presidenciais e depois, no momento certo, decidirá. Este não é o momento ainda da decisão, este é o momento dos diferentes candidatos manifestarem a sua vontade”, vincou o secretário-geral dos socialistas . “Quando chegar o tempo da decisão, o PS decidirá”, garantiu, acrescentando que a escolha não será uma “imposição” sua, “será uma decisão do PS no tempo certo”.
Numa altura em que já há quatro possíveis candidatos presidentes da área socialista – Augusto Santos Silva, Mário Centeno, António José Seguro e António Vitorino -, o líder do PS acredita que este ainda não é o momento do partido tomar uma decisão sobre qual o candidato a apoiar.
Interrogado pelos jornalistas sobre se sente pressionado para escolher o candidato presidencial apoiado pelos socialistas, Pedro Nuno foi peremptório: “Eu não me sinto pressionado, os horários do PS são do PS”.
O também deputado socialista lembrou ainda que nenhum partido decidiu que o candidato é que vai apoiar. “Não exijamos mais ao PS” do que às restantes forças partidárias, pediu.