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Encerramos 2024 com o sentimento de que vencemos mais uma batalha. Como na canção eternizada por Belchior, que ecoa o verso do grande Zé Limeira: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. Esse verso, repetido quase como um mantra ao longo do ano, carrega a força de quem enfrenta os desafios e segue em frente, acreditando no amanhã.
Foi um ano de acontecimentos marcantes e históricos para o Brasil. A prisão de um general que tramava contra o governo legitimamente eleito simbolizava um momento de tristeza e alerta, mas também de celebração. Tristeza, porque evidencia o quão vulnerável ainda é a nossa democracia; celebrada, porque mostra que a justiça pode e deve ser feita.
No entanto, é preciso reforçar: anistia para golpistas, não. Não podemos repetir os erros do passado. A democracia é uma conquista coletiva que exige vigilância e ação constante.
O ano de 2024 também foi de grande vigor artístico e cultural. Nosso cinema brilhou, contando histórias que emocionaram, questionaram e reafirmaram nossa identidade. Obras como Ainda estou aqui trouxeram à tona a potência do Brasil, traduzindo a pujança de nossa arte para o mundo. Esses momentos reforçam o papel central da cultura na construção de um país mais justo e mais humano.
Por isso, entre em 2025 com a esperança de políticas públicas consistentes para a cultura é essencial. Que podemos ver projetos que incentivem o desenvolvimento artístico, que valorizem a criatividade e que reconheçam a arte como um pilar indispensável para o avanço da sociedade. Com 2024 nos despedindo, fica a certeza de que há muito por fazer, mas também a esperança de que podemos avançar.
Entramos em 2025 com olhos atentos, corações firmes e a verdade de que resistir, criar e acreditar são os caminhos para transformar. Que o novo ano nos traga mais justiça, mais conquistas e, acima de tudo, mais arte. Porque a arte é resistência, é força e é a chama que nos guia em frente. Em frente.