Segundo a plataforma, a AIMA, que há um ano substituiu o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi alvo de 1.750 reclamações entre 29 de outubro de 2023 e 17 de novembro deste ano.
A maioria das reclamações (53%) diz respeito a atrasos no processo de obtenção de documentos (pedidos de urgência), seguidos de dificuldades no agendamento de serviços na AIMA, que representaram 14,4% dos participantes. Problemas na entrega de documentos (onde também há denúncias de extravio) respondem pela mesma proporção (14,4%).
Por sua vez, a dificuldade de contacto com o órgão (reclamações relativas à dificuldade em falar com um colaborador da AIMA através de qualquer meio de comunicação) deu origem a 12,1% das reclamações e os problemas na utilização da plataforma online representaram 3% das reclamações. Os cidadãos estrangeiros, explicam o Portal da Queixa, “descrevem dificuldades no login, indisponibilidade da plataforma ou dificuldade em recuperar a palavra-passe”.
Os dados mostram ainda que, com a transição, “a satisfação dos cidadãos com o corpo diminuiu 24,9%”. A avaliação média das reclamações registadas no primeiro ano da AIMA “foi de 3,10, um decréscimo de 24,9%, face ao último ano do SEF, cuja média foi de 4,13”.
“A página da AIMA no Portal da Reclamação revela o baixo desempenho da organização na resposta aos problemas que lhe são reportados. A análise da evolução do Índice de Satisfação (IS) de 2023 até ao período atual, mostra uma queda mais acentuada entre fevereiro e março 2024. Atualmente, a agência apresenta um índice de satisfação de 15,3 em 100, regista uma taxa de resposta de 14,5% e uma taxa de solução de 15,2%”, refere a plataforma.