A russa Tatyana Tomashova foi oficialmente desclassificada da corrida dos 1.500 metros dos Jogos Olímpicos Londres 2012, ao abdicar do recurso da punição de 10 anos por doping, promovendo nova alteração no pódio, ao que chega a sexta correção.
A norte-americana Shannon Rowbury, sexta na pista britânica, vai herdar a medalha de bronze, promovendo nova alteração no medalheiro desta prova, depois da prata já ter sido reatribuída a Tomashova, quarta na corrida, com as desclassificações das turcas Asli Cakir Alptekin e Gamze Bulut, primeira e segunda.
A barenita nascida na Etiópia Maryam Yusuf Jamal, que tinha terminado em terceiro, recebeu a medalha de ouro, enquanto na etíope – agora sueca – Abeba Aregawi deve arrecadar a prata, apesar do quinto posto na pista.
Tomashova, que tinha sido impedido de disputar os Jogos de Pequim 2008 depois de adulterar um teste antidoping, recebeu a medalha de prata que agora vai devolver em agosto de 2018, na sequência dos casos de doping de Alptekin e Bulut.
Em comunicado, a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) revelou hoje que Tomashova não contestou junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a pena de 10 anos de suspensão, que entrou em vigor em 03 de Setembro último, anulando os resultados alcançados entre 21 de junho de 2012 e 03 de janeiro de 2015.
De acordo com a AIU, os controlos realizados em Junho e Julho de 2012 a Tomashova, bicampeã do mundo da distância em Paris 2003 e Helsínquia 2005, e prata nos Jogos Atenas 2004, revelaram o recurso a esteróides anabolizantes.
A final feminina dos 1.500 metros de Londres 2012 está entre os eventos mais ‘manchados’ da história olímpica, com cinco das 13 finalistas desclassificadas por doping.