A experiência da Universidade Stanford já há décadas, mas continua a ser fascinante e divertida de ver: uma criança é deixada num gabinete sozinha com uma guloseima à frente e é-lhe aqui que, se conseguir ficar uns minutos sem a comer, o investigador vai recompensá-la com duas guloseimas. A forma como cada uma delas está registrada, e há de tudo: desde os mais impulsivos que querem lá saber do futuro e tratam de engolir o marshmallow imediatamente, até aos que inventam estratégias que os ajudem a resistir à tentação, como virar a cadeira para não ter de encarar a armadilha, ou lambendo-a suavemente, sem a trincar.
As conclusões deste ensaio levaram os psicólogos a perceber que as crianças mais pequeninas são, pura e simplesmente, incapazes de adiar o prêmio, mas que a capacidade de adiar a gratificação aumenta não só com a idade, mas também com o treino. E que vale a pena treinar, porque as pessoas que são capazes de adiar o prazer são, por regra, mais felizes, serenas e mais altruístas.
Mas como é que isto se faz, sobretudo num tempo em que não são só os nossos filhos que querem tudo agora e já, e a Internet/telemóveis/jogos nos oferecem tanta coisa em milésimos de segundo? O episódio destas nossas Birras de Mãe dá-lhe algumas estratégias — parte conhece as suas. A avó começa logo por dizer que, se fosse ela, comia-o logo!
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