Pedro Nuno Santos acusou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de ser o “principal responsável” pelo “sentimento de insegurança generalizada” no que diz respeito ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Acusando o executivo de estar a fazer uma “gestão muito preocupante do INEM”, o secretário-geral do PS criticou o primeiro-ministro por, para além de uma primeira declaração de “desvalorização do tema”, ainda não ter vindo a “terreiro falar desta crise que estamos a viver na emergência médica”.
Luís Montenegro “é o principal responsável” pelo “sentimento de insegurança generalizada” no que diz respeito ao SNS, determinados Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, transmitidos pela RTP3, depois de uma reunião com o conselho de administração do Hospital Garcia de Orta .
O líder do PS criticou o primeiro-ministro por ter prometido, ainda durante a campanha eleitoral para as legislativas de 10 de Março, “a resolução de problemas [relacionados com a saúde] antigos e com rapidez” e, em oito meses, ter feito “o contrário da resolução de problemas prometidos”.
Argumentando que o PS tem, “melhor do que ninguém, a consciência das dificuldades no SNS” e sabe “da dificuldade em resolver alguns problemas, que levarão tempo”, Pedro Nuno Santos acusou o executivo de ter criado “mais problemas” do que aqueles que “herdou na saúde”.
Lamentando a situação de “incerteza, insegurança e instabilidade” vivida na área da saúde desde que o Governo da Aliança Democrática tomou posse, o secretário-geral do PS reiterou que a “forma” como o executivo lidou com os problemas no INEM foi “negligente e irresponsável”.
Sobre a audição da ministra da Saúde, que foi ouvida no Parlamento na terça-feira, Pedro Nuno Santos criticou Ana Paula Martins por ter dito que assumia todas as responsabilidades, enquanto procurava outros responsáveis.
Pedro Nuno considerou ainda que o facto de um ministro ter anunciado, na Assembleia da República, que chamou a si a dependência directa do INEM foi uma “desautorização” da sua secretária de Estado.
“Chamar a si o INEM não nos inspira grande confiança”, argumentou ainda o líder dos socialistas, até porque, defendeu, o INEM já era a sua responsabilidade.
Interrogado pelos jornalistas sobre se o executivo deve demitir o presidente do INEM – o terceiro, desde que o Governo tomou posse -, o socialista sublinhou que “não cabe ao PS exigiu a demissão” e que essa é uma “decisão do Governo”.