Mensagens em grupos de Whatsapp e preocupações recentes fazem subir nível de alerta
Menos de um dia depois da confirmação de que Donald Trump vai voltar a ser presidente dos Estados Unidos, surge o primeiro grande sinal de que uma mudança está no horizonte. A administração Biden, que vai gerir o país até à tomada de posse, a 20 de janeiro, está a tomar várias precauções nas fronteiras para acautelar uma possível vaga de imigração nas fronteiras.
De acordo com a NBC News, a preocupação que entre aqueles que tencionam emigrar para os Estados Unidos cresceu consideravelmente depois da vitória do republicano, que prometeu, como se esperava, apertar em grande escala o controlo nas fronteiras.
Aquela publicação cita dois responsáveis da administração norte-americana, mas também há várias mensagens em grupos de Whatsapp a indicar que essa tentativa maciça de passar a fronteira poderá estar para breve.
Ainda na segunda-feira, e cerca de 36 horas antes de o próprio Donald Trump declarar vitória, o secretário de Segurança Interna reuniu-se com os seus principais conselheiros e com os diretores das agências que lidam com o controlo fronteiriço e a imigração. Esses mesmos responsáveis disseram a Alejandro Mayorkas que havia uma preocupação sobre o que uma vitória republicana poderia fazer à fronteira.
De resto, e sempre segundo a NBC News, as questões surgidas nessa mesma reunião não foram totalmente comuns. “Como está o Departamento de Segurança Interna operacionalmente preparado para lidar com um potencial pico de imigração”? foi uma delas.
Mas o governo norte-americano também procurou saber se havia espaço suficiente nos centros de detenção na fronteira ou se o sistema não ficaria stressado ao ponto de ter de libertar pessoas para dentro dos Estados Unidos.
Apesar de ainda não se ter verificado um pico efetivo, a preocupação está lá. Os responsáveis do Departamento de Segurança Interna divulgaram-na: se Donald Trump fosse eleito, como aconteceu, previa-se um grande aumento nas tentativas de entrada em solo norte-americano.
