O cenário mais provável é de uma contagem mais rápida do que em 2020, mas sem garantias de um desfecho imediato. A preparação e a experiência de 2020 trazem uma expectativa de maior agilidade.
A contagem dos votos das eleições presidenciais nos Estados Unidos poderá ser demorarada, mas espera-se que não se prolongue por tantos dias como nas últimas eleições. Os olhos estão postos nos estados-chave: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Há estados onde se prevê que a contagem seja mais rápida, como a Geórgia e Carolina do Norte, ao contrário do Nevada e Arizona, onde pode demorar vários dias. Michigan e Wisconsin preveem concluir a contagem em menos de 24 horas, e a Pensilvânia espera ter resultados até à manhã seguinte. É esta a previsão do New York Times:
– Arizona – Pode demorar dias
– Georgia – Contagem rápida
–Michigan – Demora menos de 24 horas
– Nevada – Pode demorar dias
– Carolina do Norte – Contagem rápida
– Pensilvânia – Podem ser conhecidos de manhã
– Wisconsin – Demora menos de 24 horas
De acordo com Pedro Magalhães, investigador do Instituto de Ciências Sociais, o cenário de 2024, embora complexo, traz vantagens em relação à eleição de 2020, quando houve um número recorde de votos antecipados e pelo correio, que surpreende as autoridades e fez com que a contagem de votos se arrastasse ao longo de dias.
Desta vez, segundo o investigador, os estados estão mais preparados e aplicaram mudanças legislativas que aceleram a contagem dos votos antecipados, o que pode diminuir o tempo necessário para se saber os resultados finais.
“Não é garantido que tenhamos o desfecho em poucas horas. Em 2008, por exemplo, quando Obama venceu, o resultado final só foi anunciado por volta das 3h da manhã em Portugal. Já na disputa entre Clinton e Trump, a confirmação veio às 7h da manhã,” lembra Pedro Magalhães.
Apesar da melhor preparação, o investigador alerta para a possibilidade de a disputa se estender aos tribunais.