Montenegro diz estar “otimista” de que processo na especialidade vai decorrer com “maturidade democrática” e “sentido de responsabilidade” por parte da oposição
A proposta de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada, confirmando o que já se perspetivava, depois de o PS ter anunciado que ia abster-se, permitindo que a maioria de deputados composta por PSD e CDS dê luz verde ao documento.
Os restantes partidos – Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN – votaram todos contra a proposta.
Entramos agora na fase da especialidade, com a grande dúvida a recair na questão do IRC. Vai o PS permitir a passagem da proposta como está, e que já surge depois de negociações, ou vai chumbá-la?
Após a votação, Luís Montenegro assume-se “otimista” de que o processo de votação na especialidade vai “decorrer com maturidade democrática e sentido de responsabilidade” para permitir a viabilização do Orçamento do Estado.
“Estamos otimistas de que este processo vai decorrer com maturidade democrática e sentido de responsabilidade para que tenhamos o orçamento aprovado”, declarou aos jornalistas.
Em entrevista na CNN Portugal esta quarta-feira, o ministro das Finanças afirmou que confiava na “boa palavra” do secretário-geral do PS, pedindo que Pedro Nuno Santos não levasse o partido a “desvirtuar” a proposta atual.
Recorde-se que a descida do IRC em um ponto percentual foi alcançada depois de semanas de negociações entre Governo e PS. O Executivo queria descer a proposta já em dois pontos percentuais, para 19%, enquanto os socialistas não queriam ver a percentagem descer de todo. O Governo ainda limitou a descida para 20%, o que ajudou a que o PS se abstivesse esta quinta-feira, ainda que deixando largas críticas ao documento.
Resta agora saber o que fará no fim de novembro quando, na especialidade, esta proposta for votada de forma individual.