REVISTA DE IMPRENSA | No ano passado, pelo menos 530 portuguesas foram abortar a Espanha, mas acredita-se que o número possa ser muito superior, uma vez que Portugal é um dos países com a lei de aborto mais restritiva da Europa (dez semanas)
Centenas de portuguesas com mais de dez semanas de gravidez estão a viajar para Espanha para abortar, aproveitando o facto de a lei espanhola ser mais alargada quanto às semanas de gestação para a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) – são permitidos abortos até às 22 semanas, por questões médicas.
Segundo o jornal Expresso, no ano passado, 530 portuguesas fizeram abortos em duas clínicas espanholas. Na clínica dos Arcos Guadiana, em Badajoz, 439 portuguesas procederam à IVG – o que corresponde a 27% do total de intervenções ali realizadas. A maioria (64%) tinha entre dez e 14 semanas de gestação.
A clínica Castrelos, em Vigo, também atendeu 80 portuguesas, a maioria com mais de dez semanas de gestação.
De acordo com o jornal Expresso, que cita dados oficiais do Ministério da Saúde espanhol, no ano passado 1.117 mulheres vindas outros países da União Europeia e não residentes em Espanha recorreram às clínicas do país para realizar IVG. Destas, não se sabe quantas são portuguesas,