Os preços da electricidade são a excepção, uma vez que, tanto nos mercados regulamentados como nos mercados liberalizados, as tarifas deverão cair no próximo ano.
As famílias do mercado regulado de eletricidade teriam um aumento tarifário de 2,1% a partir de janeiro, mas, na prática, com taxas e impostos, terão reduções entre 0,82 euros e 0,88 euros, por projeto de lei da alteração legislativa que aumenta o valor da energia elétrica. consumo de energia sujeito à taxa reduzida de IVA (6%), aprovada no Parlamento.
No mercado liberalizado, que representa a grande maioria do consumo total, em Portugal continental, a EDP Comercial e a Galp anunciaram reduções de 6% na componente de electricidade da factura, devido à melhoria das condições de mercado (no caso da Galp em vigor desde Dezembro 1º).
Entretanto, fonte oficial da EDP afirmou que a fatura dos clientes da EDP Comercial deverá cair em média 7%, a partir de 1 de janeiro.
Aqui estão os principais aumentos de preços no próximo ano:
Aluguéis
Depois de terem tido em 2024 o maior aumento dos últimos 30 anos, as rendas poderão subir 2,16% em 2025, segundo o aviso do coeficiente de atualização das rendas publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na prática, este aumento equivale a um aumento de 2,16 euros por cada 100 euros de renda, o que significa que uma renda de 750 euros poderá aumentar 16,20 euros no próximo ano.
Tendo em conta as regras atuais, para alguns inquilinos o aumento poderá ser mais pronunciado, pois os senhorios que não atualizaram a renda nos últimos dois anos poderão adicionar os coeficientes de 2023 e 2024 aos 2,16% de 2025, numa total de 11,1%.
Mas também pode acontecer que não haja aumento, pois a atualização das rendas não é obrigatória e o senhorio pode optar por não aumentar os preços.
Pedágios
As portagens nas autoestradas deverão aumentar 2,21% em 2025, com base no valor da inflação anual sem habitação em outubro apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), acrescido de 0,1% de compensação às concessionárias.
A fórmula que estabelece o modo de cálculo do aumento dos preços das portagens em cada ano consta do decreto-lei n. 294/97 e estabelece que a variação a praticar em cada ano tem por base a taxa de inflação anual sem habitação no continente verificada no último mês para o qual existem dados disponíveis antes de 15 de novembro, prazo limite para as concessionárias comunicarem as suas propostas de preços ao Governo para o ano seguinte. Segundo os dados hoje divulgados pelo INE, aquela referência de inflação foi de 2,11%.
A este valor acresce 0,1%, na sequência do acordo assinado em 2022 com os concessionários rodoviários para compensá-los pelo travão que foi então imposto com um aumento de cerca de 10% em 2023.
Transporte
O transporte público de passageiros vai aumentar 2,02% no próximo ano, de acordo com a taxa de atualização tarifária baseada nos dados do INE sobre a inflação.
Os passes Navegante manterão os seus preços em 2025 na Área Metropolitana de Lisboa, tal como os bilhetes ocasionais da Carris Metropolitana.
Telecomunicações
Os preços das comunicações da Altice Portugal vão aumentar no próximo ano, conforme estipulado contratualmente, exceto para Uzo e Moche, a NOS manterá os tarifários e a Vodafone Portugal ainda não consegue prestar informações sobre o assunto.
No final de novembro, fonte oficial da Altice Portugal, dona do Meo, disse que irá atualizar os preços em 2025, conforme previsto contratualmente e já divulgado, com exceção dos serviços da marca digital Uzo e da marca para jovens segmento, Moche, que não será atualizado.
Por sua vez, fonte oficial da NOS disse, na altura, que “não irá aumentar os seus preços em 2025”, uma decisão que “é transversal” a todos os serviços e tarifários da empresa.
A Vodafone Portugal não pode antecipar possíveis atualizações de preços, disse à Lusa fonte oficial da operadora em novembro, situação que se mantém até hoje.
Pão
O pão ficará mais caro em 2025, devido ao aumento dos custos de produção e ao aumento do salário mínimo nacional.
Apesar dos preços, as vendas de padaria e confeitaria registaram, em 2024, um ligeiro aumento de valor, mas houve uma queda em quantidade.
Os consumidores continuam a apostar nos “clássicos”, como o pão tradicional e os folhados de natas, mas também procuram cada vez mais produtos inovadores, como o pão integral e a pastelaria de origem vegetal.
Leite
O preço do leite e dos produtos lácteos deverá continuar a subir a partir de janeiro, mantendo a trajetória observada nos últimos meses de 2024.
Os custos de produção, especialmente o gasóleo e a electricidade, fizeram subir o preço dos produtos lácteos.