Sexta-feira, Novembro 1

No dia em que a SAD portista apresentou um resultado negativo de 21 milhões referentes à temporada passada, ficou-se a saber que André Villas-Boas emprestou 500 milhões de euros no mês em que tomou posse como presidente dos ‘dragões’.

A FC Porto SAD registou um resultado líquido negativo de 21 milhões de euros (ME) na temporada de 2023/24, que compara com o prejuízo de 48 no exercício anterior.

“Os resultados finais do exercício de 2023/24, que cobre o período compreendido entre 1 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024, correspondem ao encerrar de um ciclo, da responsabilidade da anterior administração, que terminou o seu mandato em 27 de maio deste ano. O atual Conselho de Administração apenas tomou posse no dia 28 de maio de 2024”, realçou André Villas-Boas, presidente do clube e da SAD portista, no relatório e contas divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar do desagravamento significativo do prejuízo, que recuou 27 ME, trata-se da segunda época consecutiva de resultados negativos para a FC Porto SAD, depois de dois exercício positivos: 19,3 ME em 2020/21 e 20,8 ME em 2021/22.

Os resultados operacionais, excluindo resultados com passes de jogadores, foram negativos em cerca de dois ME, quando tinham sido praticamente nulos no exercício homólogo.

Tanto os proveitos como os custos operacionais, excluindo passes de jogadores, cresceram no período em análise. Os proveitos ascenderam a 174,5 ME (mais 5% face à época anterior), enquanto os custos foram de 176,5 ME (mais 6%).

Já os resultados relacionados com passes de jogadores atingiram os 9,2 ME, o que contrasta com os 24 ME negativos obtidos em 2022/2023.

E os custos associados às amortizações e perdas por imparidade com passes diminuíram 5,8 ME, e os resultados com cedência de passes de jogadores cresceram 27,6 ME, tendo contribuído com 41,6 ME para o resultado.

Assim, os resultados operacionais foram positivos, em 7,2 ME, o que representa um acréscimo considerável relativamente aos alcançados em 2022/2023, que foram negativos em 24,2 ME.

O ativo, no montante de 407 ME, reflete um aumento global de quase 51 ME face a 30 de junho de 2023, principalmente devido ao incremento nos ativos fixos tangíveis (Estádio do Dragão), após a alteração da política contabilística para esta rubrica.

Por seu turno, o passivo diminuiu 11,4 ME no período em análise, para 520,9 ME.

Assim, o capital próprio atingiu o valor de 113,8 ME negativos, o que compara com 175,9 ME negativos no período homólogo, em grande parte devido ao resultado da reavaliação contabilística do Estádio do Dragão, conduzida pela empresa internacional Crowe.

Villas-Boas empresta meio milhão

O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, emprestou à SAD portista 500 mil euros, sem juros, em maio, mês em que tomou posse, com o pagamento fixado em janeiro de 2025.

No detalhe do valor nominal dos empréstimos classificados no passivo em 30 de junho de 2024, expresso nos resultados comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), consta esta operação do líder dos ‘dragões’, que assumiu o cargo em 28 de maio.

Noutra rubrica do relatório e contas da SAD ‘azul e branca’, é possível ver que Villas-Boas mantinha no final de junho as mesmas 54.269 ações da sociedade que detinha no dia em que foi empossado, enquanto o ex-presidente Jorge Nuno Pinto da Costa possuía 354.483 (6,5 vezes mais).

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