A Vila Olímpica vai acolher atletas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024. Depois das competições, vai ser um bairro residencial para seis mil franceses. Este ano o grande objetivo é promover as Olimpíadas mais “verdes” da história. A ausência de ar-condicionado nos quartos e as camas de papelão fazem parte desse plano.
Construída às margens do famoso rio Sena, nos subúrbios de Paris, a Vila Olímpica vai acomodar cerca de 15.000 atletas, 10.000 olímpicos e 5.000 paralímpicos, que deverão começar a chegar a Paris a partir de dia 18.
Localizada entre Saint-Denis, Saint-Ouen e L’Île-Saint-Denis, a Vila é constituída por 82 prédios, 3.000 apartamentos e 7.200 quartos distribuídos numa área gigante que equivale a 52 hectares.
Começou a ser construída em 2021 e estima-se que custou 2 mil milhões de euros.
Cada prédio foi desenhado por um arquiteto diferente, sendo que nenhum é igual, e cada apartamento tem cerca 12m² e será dividido por dois atletas.
Camas são em papelão e quartos não têm ar condicionado
Devido aos ideais sustentáveis, os quartos dos atletas não terão aparelhos de ar condicionado, o que tem gerado alguma polémica, uma vez que os Jogos Olímpicos se realizam em pleno verão, entre 26 de julho e 11 de agosto.
No entanto, segundo Laurent Michaud, diretor da Vila Olímpica, foi instalado “um sistema que garante o arrefecimento do piso” o que irá ajudar “a reduzir a temperatura no interior dos apartamentos”. Além disso, todos os quartos irão ter uma ventoinha para que os atletas se possam refrescar.
Tal como em Tóquio, em Paris, a Vila Olímpica também tem camas sustentáveis e feitas de papelão e os colchões são feitos de redes de pesca reutilizadas.
A mobília que compõe os quartos e apartamentos também é sustentável, foi fabricada em França, e após o evento será completamente reciclada.
Este ano o grande objetivo do Comité Olímpico é promover as Olimpíadas mais “verdes” da história e por isso tudo será reciclado ou reaproveitado, inclusive, os edredons das camas que serão oferecidos aos atletas.
Ao dispor dos atletas e das suas comitivas estará um restaurante, aberto 24 horas, o maior da história dos Jogos Olímpicos.
Serão servidas mais de 60.000 refeições por dia e para agradar tantas pessoas de culturas diferentes, o menu vai ser bastante variado e haverá buffet de saladas com mais de 30 opções, grelhados com carnes e acompanhamentos, secção de queijos, padaria, buffet de pratos quentes, sobremesas e uma grande variedade de frutas.
Além disso, a Vila Olímpica conta com uma clínica médica, ginásios, salão de beleza, lavandaria e um bar, onde não haverá álcool.
Depois das Olimpíadas, a Vila vai ser um bairro residencial
Depois dos Jogos Olímpicos, a Vila Olímpica vai ser transformada num bairro residencial sustentável com 2.500 apartamentos para 6.000 pessoas, duas escolas, um dormitório para estudantes, um hotel, um parque público de 30 mil m², lojas e escritórios.
