Quinta-feira, Outubro 10

O líder do Chega lembra o primeiro-ministro de que o Governo não tem apoio suficiente no Parlamento e apresenta condições para apoiá-lo na viabilização do Orçamento. Isto depois de, no passado, Ventura ter já anunciado um voto contra “irrevogável”.

André Ventura enviou uma carta a Luís Montenegro a incitá-lo a fazer mudanças no Orçamento do Estado para 2025, para poder contar com o voto do Chega e “evitar uma crise política”.

O partido assinala quatro áreas em que quer que haja alterações: o combate à corrupção, a imigração, o alívio da carga fiscal e as carreiras de algumas classes profissionais.

Lembrando o Governo de que tem “manifestamente insuficiente apoio” no Parlamento, o Chega insta o primeiro-ministro a “refazer a proposta de Orçamento do Estado, se quer contar com a ajuda do partido para a viabilização.

Na missiva, assinada pelo presidente do partido, André Ventura, e pelo líder parlamentar, Pedro Pinto, o Chega afirma que vai ficar à espera da resposta do Executivo, para poder decidir qual será o sentido de voto do partido em relação á proposta do Orçamento do Estado.

As quatro críticas do Chega ao Orçamento

A carta refere que este foi um Orçamento “negociado à esquerda” e que há uma “incompreensível contradição” com as promessas feitas durante a campanha eleitoral, no que toca a “medidas de desagravamento sobre as empresas ou sobre o consumo”.

O Chega acusa também o Governo de uma “distorção de prioridades”, por aquilo que considera ser a “manifesta insuficiência do reforço remuneratório e dignificação” de carreiras como as das forças de segurança, dos bombeiros ou dos profissionais de saúde. Fala ainda de um reforço salarial “miserável” para os funcionários públicos “mais mal pagos”, acusando o Executivo de não querer corrigir o “fosso salarial.

Finalmente, o Chega puxa das bandeiras da imigração e da corrupção, criticando o Governo por não dotar de verbas suficientes o combate àqueles que considera serem problemas que afetam o país nestas matérias.

Esta quinta-feira, André Ventura afirmou que o país estava na “iminência de uma crise política” e que iria dar uma “última oportunidade” ao Governo.

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