Domingo, Outubro 13

Os cabos submarinos colocados no fundo do mar vão servir para detetar sismos, registar a temperatura das correntes, detetar tsunamis e até avisar os biólogos da passagem de animais como, por exemplo, baleias.

Portugal integra um projeto que, dentro da União Europeia, está a tentar perceber como aproveitar os cabos de fibra ótica existentes no leito do oceano para registar dados científicos que não eram registados até agora.

Para isso, foram colocados várias estações sísmicas junto a um cabo que sai de Sines para Fortaleza, no Brasil, e que passa mesmo por cima da zona onde existem falhas que podem dar origem aos sismos que mais assustam os portugueses, como o que atingiu 5.3 na escala de Richter, no final de agosto.

Os cabos submarinos servem para transmitir dados a grandes distâncias. A fibra ótica que tem no interior é como uma ponte digital que liga continentes e que permite enviar e receber informações em menos de um fósforo, a uma velocidade de propagação de 70% da velocidade da luz, isto é, mais de 200.000 km/segundo. Contudo nos últimos anos percebeu-se que os cabos são demasiado sensíveis e isso é uma enorme mais-valia.

Daqui a seis meses as estações sísmicas voltam acima e terão cumprido a missão. Os dados que hão de trazer vão ajudar a tornar os cabos submarinos numa plataforma de investigação privilegiada e mais precisa que as atuais estações sísmicas, colocadas em terra a quilómetros e quilómetros das maiores falhas.

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