Domingo, Setembro 22

Dos -43,6ºC na Suécia, às chuvas no Médio Oriente e em África, passando pelos fogos florestais descontrolados. Assim tem sido, um pouco por todo o mundo, em 2024: climas extremos.

O clima está mudar e todos os anos e todo o mundo sente as alterações.

43,6 graus negativos na Suécia em janeiro. Uma friagem que não era registada há 25 anos. Veio acompanhada de nevões que bloquearam o normal circular da vida. Aqui e no nordeste e noroeste do Estados Unidos, onde a eletricidade falhou à vida dependente de carregadores, baterias, aquecimento e iluminação.

Dezenas de aeroportos fecharam com a neve a subir a um metro do chão ao mesmo tempo que um tornado arrasava Ohio, no centro do país.

A chuva fez transbordar rios no Reino Unido e deixou partes do Brasil debaixo de água. A chuva, rara nos desertos, caiu também nos países do Golfo, obrigou à fuga de meio milhão de pessoas no agigantar para fora de margens do rio Congo no país com o mesmo nome.

Os meses foram passando e as cheias foram arrasando a Bolívia, depois o Peru, com o Brasil ainda a tentar flutuar num imenso transbordar de rios sem tréguas. Também na Indonésia, Burundi, no Iraque ou em Madagáscar, Austrália ou Oman, a chuva caiu no tempo, mas numa demasia que nos faz refletir sobre o que desequilibrou o planeta.

Para outros chegou a secura do verão adiantado. Em Espanha ou Itália, a primavera trouxe seca e os termómetros chegaram aos 45 graus. O mesmo clima abafado escaldou o Brasil, ressecou a Argentina e fechou as escolas no Sudão.

E chega o inferno. Colombia, Chile, Brasil, Estados Unidos, China começaram a arder em maio. Ao mesmo tempo já não havia neve, onde ela raras vezes derrete, no alto, bem alto, dos pirineus franceses. Ao mesmo tempo que no Quénia as lágrimas que a seca provocou durante anos se transformam em choro no dilúvio.

No norte americano Texas, famoso pela secura, há cheias rápidas. No Chile também choveu. Nas ilhas britânicas tornados e as luzes do norte brilham estranhamente a sul, na Suíça.

Entre as bipolaridades do clima, cada um de nós mal consegue ver a floresta para lá de cada uma das nossas árvores. Mas as conclusões e previsões científicas deixam-nos em alerta.

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