Terça-feira, Janeiro 14

“Ao longo dos últimos dois meses, centenas de ucranianos residentes em Portugal e que possuem números móveis de operadoras portuguesas têm recebido chamadas telefónicas de diferentes números móveis e fixos em Portugal, onde pessoas com voz feminina ou masculina falando em russo tentam obter informações pessoais Informação”.

Em declarações à Lusa, Pavlo Sadokha, presidente da associação, explicou que quem faz as chamadas sabe o nome do titular do número de telemóvel e “apresenta-se como inspetor da Polícia Judiciária portuguesa”, mas falando em russo.

Os pedidos de informação incluem a recolha de dados bancários, o que tem levado membros da associação a suspeitar.

“Muita gente já entrou em contato conosco para tentar saber quem tem esses dados e conheço pessoas que já fizeram denúncia na polícia”, explicou o diretor.

“Uma vez que as vítimas destas chamadas telefónicas não têm nada em comum a não ser serem de nacionalidade ou origem ucraniana (não são membros dos mesmos grupos nas redes sociais), suspeitamos que alguns dados pessoais em massa foram violados ou roubados, indicando telefones móveis números com nomes e sobrenomes e possivelmente nacionalidade”, afirma ainda a denúncia à Comissão.

Muitos dos números das pessoas visadas pelos telefonemas não existem na base de dados da associação, explicou Pavlo Sadokha, indicando que o único elemento comum é que fazem parte de plataformas de redes sociais comuns aos imigrantes.

Trata-se de imigrantes ucranianos e de alguns russos que são opositores ao regime de Moscovo, mas Pavlo Sadokha disse à Lusa que as conversas nunca mencionaram questões políticas, mas sim tentativas de acesso a dados bancários.

Segundo Pavlo Sadokha, a associação está a recolher as denúncias e os números utilizados para as entregar às autoridades portuguesas para que o caso seja investigado.

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