Segunda-feira, Dezembro 16

As autoridades ucranianas afirmaram, nesta segunda-feira, que unidades norte-coreanas que estão a combater ao lado da Rússia sofreram baixas, de pelo menos 30 soldados mortos ou feridos, em torno de várias aldeias na frente da região de Kursk, na Rússia, durante o fim de semana.

Segundo a agência de inteligência militar ucraniana, as perdas foram registradas nas proximidades das aldeias de Plekhovo, Vorozhba e Martynovka, todas na região de Kursk. A declaração surge após o Presidente Volodymyr Zelensky ter afirmado, no sábado, que Moscovo utilizou pela primeira vez, de forma significativa, tropas norte-coreanas em operações nesta região.

Trata-se da primeira vez que Kiev reporta baixas norte-coreanas em grande escala e com detalhes. Contudo, os números não foram, até agora, selecionados de forma independente. A Rússia não confirmou nem desmentiu a presença de soldados norte-coreanos nas suas fileiras, nem adiantou qualquer tipo de informação sobre as baixas anunciadas agora por Kiev.

Pyongyang, por seu lado, já havia rejeitado relatos sobre o envio de tropas para a Rússia, classificando-os como “notícias falsas”. Ainda assim, um responsável norte-coreano afirmou que tal envio seria “legítimo”.

A agência de espionagem ucraniana indicou ainda que, devido às perdas sofridas, os grupos de assalto na frente de Kursk estão a ser reforçados com novos contingentes, nomeadamente da 94.ª brigada separada do exército norte-coreano. No entanto, não foram apresentadas provas para sustentar esta afirmação.

Kiev anunciou pela primeira vez a presença de tropas norte-coreanas na região de Kursk em Outubro e, posteriormente, relatou combates que resultaram em baixas, sem detalhar números. As estimativas ucranianas apontam para a presença de cerca de 11 mil norte-coreanos para fortalecer uma força composta por lotes de milhares de soldados russos.

A Ucrânia, que continua a ter aproximadamente um quinto do seu território sob controlo de Moscovo, mantém um enclave na região de Kursk, que as suas tropas tentam explorar, considerando-o como uma moeda possível de troca em futuras negociações para um futuro cessar- fogo.

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