Quarta-feira, Janeiro 15

As autoridades ucranianas declararam esta quarta-feira alerta aéreo em todo o país face ao perigo de um ataque de mísseis russos, informaram mídia locais que citam fontes das forças armadas do país. O alerta é declarado um dia depois de a Ucrânia ter lançado um ataque contra infra-estruturas militares em território russo, que Kiev considerou a maior intervenção desde o início da guerra.

O ataque teve como alvo a República do Tartaristão e a região de Saratov, no Volga, bem como a região fronteiriça de Bryansk e ainda Tula, perto de Moscovo. “As forças de defesa ucranianas realizaram os ataques mais massivos contra alvos militares a uma distância de 200 a 1100 quilómetros no interior da Rússia”, indicou o Estado-Maior Ucraniano.

Os ataques atingiram com sucesso um depósito de petróleo em Engels, que já tinha sido alvejado a 8 de Janeiro, provocando na altura um incêndio de cinco dias, que envolveu a morte de dois bombeiros rodoviários.

Noutro alvo, as forças ucranianas reclamaram ter visto a fábrica química de Seltso, na região de Bryansk, que, segundo Kiev, produz componentes para artilharia, lançadores múltiplos de foguetesaviação e mísseis. A mesma fonte também apontou ataques a uma fábrica de produtos químicos na região de Tula, um depósito de munições num aeródromo em Engels, em Saratov, e uma refinaria de petróleo na mesma região.

O Ministério da Defesa Russo afirmou que o ataque ucraniano foi realizado com recurso a seis missões norte-americanas ATACMS e seis mísseis britânicos Storm Shadow, acrescentando que todos os projetos foram abatidos sem causar vítimas.

As forças ucranianas intensificaram os ataques aéreos contra depósitos de combustível, refinarias e instalações militares na Rússia nos últimos meses para dificultar a logística das forças russas que combatem no seu território.

Moscovo prometeu responder sistematicamente a qualquer ataque de mísseis ocidentais em seu território e ameaçou atingir o centro de Kiev ou utilizar seu novo míssil hipersônico experimental Oreshnik.

Kiev e Moscovo intensificaram os ataques nos últimos meses e querem reforçar as suas posições antes do republicano Donald Trump regressar à Casa Branca, na próxima segunda-feira, tendo o Presidente-eleito dos Estados Unidos indicado que quer trabalhar para parar a guerra assim que tomar posse.

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