Terça-feira, Setembro 17

Três funcionários do Comité Internacional da Cruz Vermelha foram mortos e dois ficaram feridos num bombardeamento, esta quinta-feira, na zona leste da Ucrânia. O presidente ucraniano diz que se tratou de um ataque russo.

Chegaram às redações duas fotografias. Numa delas vê-se um camião da Cruz Vermelha a arder. O Comité Internacional da Cruz Vermelha confirmou o ataque e a morte de três funcionários. Outros dois ficaram feridos. Eram cidadãos ucranianos que conduziam veículos de ajuda humanitária e estavam a trabalhar, na linha da frente, na região de Donetsk.

Volodymyr Zelensky diz que a Rússia é a responsável. O Comité Internacional da Cruz Vermelha é omissa em relação à autoria do bombardeamento. Já a Rússia ainda não comentou.

Também em fotografias podemos ver o navio que transportava trigo e que a Ucrânia diz ter sido alvo de um míssil russo, esta quinta-feira, quando já se encontrava no mar Negro, na Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Roménia, depois de ter saído do porto ucraniano de Odessa rumo ao Egipto.

Não provocou vítimas, mas Zelensky diz que este ataque pode colocar em causa a segurança alimentar em vários países de África e do Médio Oriente.

No ano passado, a Rússia abandonou um acordo com a Ucrânia, que tinha sido mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que garantia a segurança da passagem de navios com cereais ucranianos através do mar Negro.

Rússia e China ampliam cooperação militar

O ministério da Defesa chinês já tinha informado que estavam previstos novos exercícios navais conjuntos no Mar do Japão. Agora é o ministro da Defesa russo que anuncia manobras a decorrer, esta quinta-feira, no ar e no mar. Chama-se “Oceano-2024” e é uma forma de ampliar a cooperação militar entre as duas nações.

Incluem combates antissubmarinos, proteção de rotas e comunicações e práticas conjuntas de tiro de artilharia. As relações entre China e Rússia vão ter, já em outubro, mais uma possibilidade de se estreitarem.

O presidente chinês vai participar na Cimeira do Bloco de Economias Emergentes (BRICS) em Kazan, na Rússia. A presença de Xi Jinping foi anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da China numa reunião em São Petersburgo com Vladimir Putin. O presidente russo tinha visitado Pequim em maio passado.

No conflito na Ucrânia, a China apresenta-se como neutra e tem afirmado que não está a fornecer armas a nenhum dos lados. Da frente da guerra importa reter a informação de que a Rússia lançou uma contraofensiva em Kursk, cinco semanas após uma invasão das forças de Kiev nesta região fronteiriça russa.

O Ministério da Defesa da Rússia explica que as tropas de Moscovo recapturaram 10 povoados em Kursk, mas estes combates não são descritos como contraofensiva.

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