O grau de mudança que o presidente do PSD fará nos órgãos nacionais é uma das dúvidas ainda no segredo dos deus. E porquê?
Quatro dos atuais seis vice-presidentes são ministros:
- Paulo Rangel;
- Miguel Pinto Luz;
- António Leitão Amaro; e,
- Margarida Balseiro Lopes.
E há ainda um ‘vice’ Paulo Cunha que foi eleito outro foi eleito eurodeputado, e Inês Palma Ramalho, filha da ministra do Trabalho.
Em dúvida está também a coordenação do Conselho Estratégico Nacional (órgão consultivo da direção que preparou as bases do programa eleitoral do partido) cargo o ministro Pedro Duarte. O próprio assumiu, no passado mês de setembro, em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, defendeu que “deve haver um esforço para incutir alguma energia nova nos órgãos do PSD (…) e eventualmente reduzir o número de membros do Governo que fazem parte dos órgãos de direção do partido”, acrescentando que ele próprio não conta integrá-la.
Atualmente, Pedro Duarte é coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD, órgão consultivo da direção que preparou as bases do programa eleitoral do partido, tal como o ministro da Economia, Pedro Reis, acumula com a liderança do Movimento Acreditar, uma plataforma de discussão com a sociedade civil, ambos com assento na comissão permanente (núcleo duro da direção).
A continuidade de Miguel Albuquerque — presidente do Governo Regional da Madeira e que foi constituído arguido em janeiro num processo que envolve suspeitas de corrupção – à frente da Mesa do Congresso é outra das incógnitas, com o próprio a admitir recandidatar-se ao cargo apenas se o relacionamento entre as estruturas nacional e regional do partido “estiver favorável”.
Ao Conselho Nacional, considerado o parlamento do partido, estão já a ser preparadas pelo menos duas listas alternativas à da direção, encabeçadas por André Pardal (Lisboa) e Luís Rodrigues (Setúbal), que também se apresentaram a votos no último Congresso.