Sexta-feira, Outubro 18

Segundo o relatório militar russo, os militares ucranianos abandonaram as suas posições perto da localidade de Liubimovka e retiraram em direção à fronteira ucraniana, perante a ameaça de serem cercados por fuzileiros navais do agrupamento de tropas russo “Norte”.

O Ministério da Defesa russo informou esta sexta-feira no seu canal da plataforma digital Telegram que as tropas ucranianas retiraram da área em torno da localidade de Liubimovka, na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.

Segundo o relatório militar russo, os militares ucranianos abandonaram as suas posições perto da localidade de Liubimovka e retiraram em direção à fronteira ucraniana, perante a ameaça de serem cercados por fuzileiros navais do agrupamento de tropas russo “Norte”.

Liubimovka é uma das localidades ocupadas pelas forças ucranianas que invadiram a região de Kursk a 6 de agosto e que ainda controlam parte do território da Federação Russa.

Anteriormente, o comando militar russo indicara que as suas forças tinham repelido dois contra-ataques ucranianos junto a Liubimovka e na direção de Zelioni Shliaj, outra aldeia na região de Kursk.

Contraofensiva rendeu baixas à Ucrânia

Desde o início da invasão da região de Kursk, as Forças Armadas ucranianas sofreram cerca de 25.000 baixas, entre mortos e feridos, segundo o Ministério da Defesa russo.

A tais perdas, de acordo com o comunicado militar, somaram-se as de 167 tanques, 76 veículos blindados de combate, 101 transportes blindados, 200 peças de artilharia e outros equipamentos de combate.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após o desmoronamento da União Soviética – e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev visaram alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

A entrar no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão totalmente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

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