Quinta-feira, Outubro 31

Intervenção de Madalena Cordeiro, do Chega, sobre os jovens motivou momento mais tenso

É a deputada mais jovem do Parlamento e pediu a palavra para falar em nome dos jovens, acusando o Governo de ter um Orçamento do Estado para 2025 com inspiração socialista.

Madalena Cordeiro, do Chega, nota “falta de medidas” que respondam às dificuldades no mercado imobiliário. “É importante que os jovens saibam que serão os jovens a pagar tudo”, afirmou.

“Não tenha dúvidas, os jovens vão votar de forma ainda mais expressiva no Chega e em André Ventura”, terminou, numa intervenção curta que iniciou uma discussão animada no Parlamento.

O ministro das Finanças começou por “saltar” uma afirmação da deputada, para depois dizer que “a senhora deputada tem idade para ter sido minha aluna e as minhas filhas estão a caminhar para a sua idade”.

“Não vou responder à sua deselegância”, disse, perante um coro vindo da bancada do Chega que motivou alguma demora em Joaquim Miranda Sarmento.

Depois de algum burburinho que até meteu o nome de Francisco Sá Carneiro de um lado e do oturo, o líder parlamentar do Chega pediu a palavra para que a presidente da Assembleia da República chamasse a atenção do ministro das Finanças para o seu ar “paternalista”.

“Isto não é a escola, é a Assembleia da República. Esse ar paternalista para com a deputada mais jovem do Parlamento português não lhe ficou nada bem”, sublinhou, dizendo que não admite intervenções do género.

Miranda Sarmento não se ficou e também pediu a palavra para outra interpelação à mesa. “Creio, até por alguma experiência parlamentar que tive, que a primeira obrigação de um líder parlamentar é garantir a qualidade e decência no debate”, frisou, trazendo depois a figura de Pinóquio para dizer que a sugestão de um ministro da República a quem cresce o nariz não tem cabimento naquele espaço.

Aqui, e tal como na questão de Sá Carneiro, também uma referência ao que foi dito pelo deputado Francisco Gomes, do Chega. Sobre as acusações de paternalista, Miranda Sarmento preferiu não comentar.

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