Quinta-feira, Setembro 19

A fonte referiu que a situação militar no norte de Israel não se alterou e que o incidente está a ser investigado.

 

Vários meios de comunicação social noticiaram hoje que o exército israelita tinha ordenado a retirada de residentes de várias zonas do sul do Líbano, no meio da escalada de tensões entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, que têm estado envolvidos numa intensa troca de tiros do outro lado da fronteira desde outubro passado.

Segundo a fonte militar, os panfletos foram lançados na cidade libanesa de Al Wazzani, através de um drone, pela 769.ª brigada do Comando Norte, estacionada na fronteira libanesa, sem a aprovação dos comandantes responsáveis pela zona.

As forças israelitas detetaram uma série de lançamentos de mísseis a partir deste local nas últimas semanas, indicou ainda a fonte.

Israel tem estado envolvido numa intensa troca de tiros com o Hezbollah desde 08 de outubro, quando o grupo libanês começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza.

Só na manhã de hoje, o exército detetou o lançamento de cerca de 40 projécteis a partir do Líbano, dirigidos contra as zonas da Alta Galileia e dos Montes Golã, depois de no sábado ter identificado 55 projéteis, nenhum dos quais causou vítimas.

O grupo libanês aliado do Irão reivindicou hoje a responsabilidade por um ataque de um drone a Metula, uma cidade israelita evacuada perto da fronteira libanesa, que, segundo a milícia, visava atingir um grupo de soldados.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou hoje numa reunião governamental que a situação na fronteira norte não vai durar. “Faremos tudo o que for possível para que os residentes regressem em segurança às suas casas”, assegurou.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou na terça-feira que, com as suas “missões” em Gaza quase cumpridas, as atenções de Israel estão a deslocar-se para o norte do país, onde o fogo cruzado constante com o Hezbollah obrigou cerca de 60 mil pessoas a viver em hotéis evacuados ou em casas de família em todo o país.

Nestes 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, principalmente do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 baixas, algumas também na Síria.

Em Israel, 50 pessoas foram mortas no norte: 24 militares e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã sírios ocupados.

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