Quinta-feira, Outubro 24

“É necessário ter jornalistas livres, de censura e de medo de continuar o seu trabalho, para que se procure cumprir a missão de interesse público do jornalismo, tentando expor questões de injustiça social e escrutinar a ação de poderes públicos e privados, incluindo na morte de Odair Moniz”, defende o sindicato

O Sindicato dos Jornalistas condena “as ameaças dirigidas, nesta madrugada, a Carolina Resende Matos e Guilherme Agostinho, jornalistas da CNN Portugal”, bem como “os danos provocados a um carro da estação, e o roubo de bens no seu interior”.

Salientando que os jornalistas estavam a reportar os protestos no bairro da Portela, em Carnaxide, quando foram “mandados embora da rua onde trabalhavam por várias pessoas, uma delas batendo com o cabo de uma faca no vidro do carro com Carolina Resende Matos no interior, acabando por abandonar o local a pé”, o Sindicato dos Jornalistas expressa solidariedade com os jornalistas e com o resto da redação da CNN Portugal e “reprova esta obstrução ao trabalho jornalístico, que atenta contra o direito de informar”.

“É necessário ter jornalistas livres, de censura e de medo de continuar o seu trabalho, para que se procure cumprir a missão de interesse público do jornalismo, tentando expor questões de injustiça social e escrutinar a ação de poderes públicos e privados, incluindo na morte de Odair Moniz”, pode ler-se.

O sindicato diz-se ainda disponível para apoiar Carolina Resende Matos e Guilherme Agostinho no “que for necessário” e sublinha “a importância de que todos os profissionais de informação preservem a sua segurança quando em funções”.

O Sindicato dos Jornalistas apela também às entidades empregadoras para que disponibilizem “formação e serviços que zelem pelo seu bem-estar físico e psíquico”.

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