Quinta-feira, Setembro 12

De nada serviu o telefonema de Biden ao primeiro-ministro de Israel, nem as movimentações diplomáticas das últimas horas. Até novo aviso, os mediadores adiaram as negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Foi mais um dia de bombardeamentos e mortes.

Abdel Shami Hamouda, de 70 anos,perdeu onze membros da família no último bombardeamento israelita a Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza. 

“Estou sentado sobre os destroços da minha casa e os restos mortais dos meus filhos”, descreve.  

Na Cidade de Gaza, uma escola refúgio para centenas de civis foi outro dos alvos. No sul de Gaza, houve novas ordens de evacuação de Khan Younis. As tropas israelitas justificam a retirada com mais operações para evitar o reagrupamento doscombatentes do Hamas. 

Em Israel, centenas de pessoas estiveram nos funerais dos reféns recuperados esta semana em Gaza. A imprensa revela que os corpos teriam marcas de balas e de projéteis. Diz que os seis cativos podem ter sido vítimas de disparos dos militares israelitas. 

Com as negociações para um cessar-fogo adiadas até nova ordem dos mediadores, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU fez um apelo desesperado ao Conselho de Segurança. 

“Este é um momento decisivo”, insistiu Linda Thomas-Greenfield. “Todos os membros deste conselho deviam continuar a enviar mensagens fortes a outros atores na região para evitar ações que nos afastem da finalização deste acordo.

Com o bloqueio das negociações sobre Gaza, aumentou a escalada de tensão na região. As tropas israelitas mataram três palestinianos, num bombardeamento ao campo de refugiados de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada. 

O primeiro-ministro e o ministro da Defesa visitaram uma base aérea no norte de Israel. Anunciaram a prontidão militar para qualquer tipo de ameaças e cenários de guerra. 

Esta quinta-feira,a força aérea israelita voltou a entrar no espaço aéreo do Líbano, e bombardeou alvos do movimento xiita Hezbollah. 

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