Quarta-feira, Setembro 11

Como já vem sendo tradição, nos dias que antecedem o Vodafone Paredes de Coura, espetáculos musicais gratuitos invadem o centro da vila que acolhe o festival. Os moradores realçam o impacto que o evento tem na economia local – e na vida da terra.

Tem as habituais diversões populares de festa da terra (para quem gosta de tentar a sorte e ganhar um peluche). Tem caravanas com farturas (para quem não resistea doçuras mais engorduradas). Tem bancas com cerveja e caipirinhas (para quando a sede aperta). E tem um palco cheio de música (para quem quer dançar, antes mesmo do arranque do festival). 

O já célebre Sobe à Vila traz música a quem está de passagem, mas também a quem aqui mora. É também uma forma de dinamizar a economia local e de retribuir a Paredes de Coura pelo acolhimento do festival e dos festivaleiros 

“Para todos os courenses, para o comércio, para os cafés, é genial”, diz Isabel. Nascida e criada em Paredes de Coura – mais precisamente da freguesia de Formariz é agora emigrante em França, mas volta à terra todos os verões, precisamente na altura do festival. 

Diz que é “magnífico” o movimento que o evento traz à vila. Ainda se recorda como, antes do festival, no verão tudo “era muito parado”em Courae como, diz, continua a ser, no resto do ano.

No inverno, se eu vier aqui às sete e meia ou oito da noite, está tudo fechado!” 

Isabel é entusiasta da algazarra e do contributo económico que o Vodafone Paredes de Coura” e o Sobe à Vila trazem à terra. Quanto aos concertos, já não lhe interessam tanto. “Já sou mais velha”, diz, entre risos (e confessando que está a preparar a reforma e um regresso a Paredes de Coura, para breve). 

“A bebida é mais barata e apoiamos o comércio local”

Já quem está (e muito) interessado na música é Mariana, Bianca e Diogo. O grupo de amigos, todos com 23 anos, vem de Lisboa e da Margem Sul do Tejo para o festival. Chegaram esta terça-feira a Paredes de Coura, para ficar todos os quatro dias do festival, mas fazem mesmo questão de passar pelo Sobe à Vila. 

“É sempre muito giro. Isto é uma coisa mesmo especial, super única”, afirma Mariana. 

A jovem festivaleira não mede elogios no que toca ao Sobe à Vila – desde o facto de ser “mais descontraído” do que o festival oficial, até à vantagem de “a bebida ser mais barata”. 

“É um excelente começo para o festival”, afiança Mariana, que já vem ao Paredes de Coura pela quarta vez – tal como Bianca, que diz encontrar sempre aqui no Sobe à Vila. 

Para Diogo, esta é também uma forma de “conviver com a vila” e não estar só “fechado” dentro do recinto do Vodafone Paredes de Coura. 

“Estamos aqui na boa e também apoiamos mais localmente o comércio daqui. Criamos uma relação. 

Festivaleiros “contagiam” a vila

Hugo Lima/Vodafone Paredes de Coura

Uma relação com a vila que também os artistas esperam conseguir criar. É o caso de Classe Crua, projeto musical de hip-hop formado por Sam The Kid e Beware Jack, um dos nomes a subir ao palco no “Sobe à Vila” esta noite. 

“Paredes de Coura nasceu para isto, tem uma identidade muito especial”, diz Beware Jack, em declarações à SIC, momentos antes da atuação. 

Ao lado dele, o companheiro de palco, Sam The Kid, acena com a cabeça. Também ele acredita no poder do “Sobe à Vila” para “unir os festivaleiros com os próprios courenses. “Acredito que os festivaleiros contagiem todo o pessoal da vila.

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