Se dezenas até 25 anos, dezenas, desde esta quarta-feira, 1 de Janeiro, 50% de desconto nos teatros nacionais.
A medida “Acesso Teatro 50%”, iniciativa do ministério da Cultura, organizada com o início de 2025 e garante bilhetes a metade do preço nos espetáculos do Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São João, Teatro Nacional de São Carlos e CNB /Teatro Camões.
Em comunicado, o ministério aponta que “garantir o acesso à cultura e aos bens culturais é um princípio estruturante” deste Governo, e que pretende, com esta medida, é “tal como acontece com a medida ‘Acesso 52’, relativa à gratuitidade de o acesso aos Museus, Monumentos e Palácios, estimula e facilita o acesso às programações e aos bens culturais do Estado”.
No entanto, numa simulação de compra de bilhetes feita pela agência Lusa, verifica-se que o desconto de 50% para menores de 25 anos ainda não está operacional em todos os teatros nacionais.
Questionada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Cultura esclareceu, por escrito, que “as tabelas de preços ainda não estão todas homologadas”, referindo que “a única homologada” é a do Teatro Nacional de São João.
De acordo com a tutela, “pode haver uma questão de atualização na bilhética, mas deverá ser momentânea”. “As restantes bilhéticas serão atualizadas brevemente”, acrescentou.
A iniciativa chega também numa altura em que duas das salas estão encerradas e uma terceira deverá fechar em Maio. O Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, está fechado para obras, no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), desde 2023 e deverá reabrir no primeiro trimestre de 2026, de acordo com declarações de Pedro Penim, o diretor artístico , à agência Lusa, em novembro passado. Encontra-se, atualmente, em digressão pelo país.
O Teatro Nacional de São João, no Porto, fecha portas entre Maio e Setembro e as obras do Teatro Nacional de São Carlos têm previsões para Setembro deste ano. Até lá, a programação deverá ser feita em digressão pelo país, tal como já acontece com o Teatro Nacional D. Maria II.
A medida Acesso 52, que permite que os residentes no país não paguem 52 entradas por ano em museus, monumentos e palácios, está a ser contestada pela Comissão Europeia, que considera como regras “discriminatórias” e atentatórias à livre circulação de serviços.