Quarta-feira, Outubro 30

O FC Porto conseguiu ‘embarcar’ na onda de triunfos convincentes dos rivais Sporting e Benfica, esta segunda-feira, ao golear na deslocação ao reduto do AVS (0-5), com destaque para o hattrick supersónico de Samu Omorodion… e ainda a estreia a marcar de Rodrigo Mora.

 

Com duas mexidas no onze, a equipa de Vítor Bruno entrou mais forte a, após duas bolas aos ferros em apenas três minutos, o primeiro golo chegaria sensivelmente a meio do primeiro tempo, com Nico González a aproveitar um passe de Fábio Vieira para abrir o ativo (22′) na Vila das Aves.

Para lá da meia hora de jogo, Samu Omorodion deu início ao seu ‘show’ em três atos. Aos 32 minutos, na sequência de um passe de Martim Fernandes, ampliou a vantagem, repetindo o filme, apenas meia dúzia de minutos depois, para chegar ao bis.  O terceiro festejo apareceu já aos 45+1′, com o avançado espanhol a voltar a fazer das suas após um passe açucarado de Pepê. São já 11 golos em nove jogos, numa verdadeira onda demolidora.

A segunda parte não teve muito para contar, mas Rodrigo Mora ainda foi a tempo de assinar a ‘chapa 5’, estreando-se a marcar pela equipa principal, naquele que foi o seu segundo jogo a contar para a I Liga. Dessa forma, o FC Porto leva cinco pontos de vantagem para o Benfica (com menos uma jornada) e mantém-se no segundo lugar a três do líder e campeão Sporting, tendo destronado a invencibilidade caseira do AVS, na 12.ª posição.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Samu Omorodion assume-se, incontornavelmente, como a grande figura do jogo, sobretudo pelo hattrick que rubricou em apenas 14 (!) minutos. O avançado espanhol foi plenamente eficaz nas três ocasiões que teve no primeiro tempo (32′, 38′ e 45+1′) e a euforia em cada um dos festejos parecia querer dizer tudo, sendo de realçar que, na segunda metade, ainda ameaçou o ‘póquer’, negado por Ochoa.

Surpresa

Rodrigo Mora tinha apenas dez minutos somado na I Liga (na goleada frente ao Arouca) e, só neste jogo, esteve em campo mais do dobro do tempo (26 minutos), algo que acabou por ser suficiente para a sua estreia a marcar pela equipa principal, sobretudo depois da polémica ‘desmentida’ por Vítor Bruno em torno do seu rendimento.

Desilusão

Fernando Fonseca já provou ser uma das unidades mais desequilibradoras do AVS, mas a verdade é que sentiu muitas dificuldades para travar as investidas do FC Porto, sobretudo nas desmarcações repentinas de Samu. Além disso, o defesa português falhou vários passes e perdeu vários duelos numa exibição em que vacilou no plano individual… e coletivo.

Treinadores

Vítor Campelos fez uma ‘revolução’ por comparação ao onze na Taça de Portugal, mas acabou por voltar à ‘fórmula’ que tem utilizado largamente na I Liga e dificilmente imaginaria uma entrada tão em falso na partida. A equipa não se conseguiu encontrar no primeiro tempo e permitiu que cada ataque do adversário significasse um momento de pânico na grande área, sendo que as substituições ao intervalo, além de tardias, não foram suficientes para alterar o rumo dos acontecimentos.

Vítor Bruno terá surpreendido o AVS ao voltar a apostar na titularidade de Danny Namaso, prescindindo de Wenderson Galeno, mas não há dúvidas que o esquema montado revelou ser assertivo, tanto no capítulo ofensivo, como defensivo, uma vez que o conjunto da Vila das Aves raras vezes se aproximou da baliza de Diogo Costa. As mexidas na segunda parte foram fruto de um modelo de gestão que considerou o esforço físico dos atletas, mas sempre de olho no quinto golo… que foi mesmo alcançado.

Árbitro

Miguel Nogueira protagonizou uma arbitragem segura e coerente, tendo puxado do cartão amarelo por quatro ocasiões. O lance de maior dúvida terá sido a grande penalidade pedida por Samu Omorodion, aos 14 minutos, por empurrão de Devenish, mas o árbitro e o VAR nada assinalaram.

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